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A era dos creators e o fim dos gatekeepers

A era dos creators e o fim dos gatekeepers
Luciano Kalil
fev. 10 - 7 min de leitura
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Dos anos 2000 em diante o termo “produtor de conteúdo” — ou creator, para seguir o hype — se popularizou muito por conta da internet. Parafraseando o cineasta brasileiro Glauber Rocha, com um “smartphone na mão e uma ideia na cabeça” todos podem se expressar, graças ao acesso à tecnologia e à descentralização do controle da informação. É a era dos creators e que marca o fim dos “gatekeepers”.

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Desde o boom do acesso à internet na década passada, milhões de pessoas passaram a ter em mãos conteúdos de todos os tipos e lugares. Esse marca representou o começo do declínio do controle de conteúdo levado ao consumidor pela mídia, o que vem se acentuando de forma considerável ao longo dos últimos anos.

Mas afinal de contas, quem são os gatekeepers?

Este é um conceito muito utilizado no jornalismo. Segundo ele, os gatekeepers funcionam como os guardiões da informação e determinam o que será ou não publicado, de acordo com o que classificam como valor-notícia.

O valor-notícia é uma espécie de avaliação para determinar o que é relevante de ser publicado ou não, qual o seu grau de importância e como será a intensidade da cobertura de determinado fato.

Isso pode ser percebido em um jornal, por exemplo. Nele, as principais notícias são publicadas na capa, demonstrando que os editores consideraram que aquilo deveria ganhar mais atenção naquele dia. Aquilo que possui um valor-notícia menor ganha menor espaço ou sequer é veiculado.

Por muito tempo isso funcionou, por mais que essa lógica pudesse ser questionada por alguns. Mas com a ascensão da internet, mais e mais pessoas começaram a se perguntar se ainda era válido que o controle da informação ficasse nas mãos de poucas pessoas e grupos de comunicação, uma vez que tudo estava se tornando mais democrático.

Era o começo do fim dos gatekeepers e da ascensão dos creators. Em poucos anos todas as pessoas seriam canais de mídia.

A ruptura do processo gerou o fim dos gatekeepers

Conforme mais pessoas foram entrando para o universo online, mais gente passou a ocupar os postos que até então eram exclusivos de profissionais de mídia e imprensa. 

Antigamente, qualquer um que quisesse produzir algum tipo de conteúdo precisa passar pela avaliação de um intermediário. Isso significava que para ser publicado era preciso “cair no gosto” de uma televisão, rádio ou revista. Esse controle acabava inibindo a criatividade e até mesmo uma total liberdade de expressão.

Com a ajuda da internet, não era mais necessário passar por um tradicional veículo de comunicação para conferir sobre um assunto de seu interesse. Ela tirou de cena a figura do intermediário e colocou o emissor da mensagem em contato direto com o receptor, sem filtros ou cortes.

Isso fomentou a criação de inúmeras páginas e perfis, falando sobre todos os assuntos possíveis e imagináveis. Deu uma liberdade de criação jamais vista e colocou as pessoas como protagonistas da informação.

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Todo esse processo, além de democratizar a produção de conteúdo, deu espaço para novos especialistas, entusiastas em assuntos e todo o tipo de gente que queria criar, mas não tinha onde fazer isso.

Blogs, perfis em redes sociais e canais no YouTube abriram os caminhos para isso, dando a chance de qualquer um ter um lugar próprio onde quisesse falar sobre o tema que mais gostava. Isso aproximou esses criadores do público, em muitos casos criando uma nova figura, a de influenciador digital.

Criadores e públicos: a formação de uma comunidade

Com o aumento do número de produtores de conteúdo na internet, o que era limitado na era dos gatekeepers, criou-se uma nova forma de relacionamento deles com o público. 

A interação entre os produtores e seus seguidores ganhou um novo alcance com a internet. Comentários, mensagens diretas e participações ao vivo são comuns, sendo inclusive um dos pilares da internet atual.

Mas como nem tudo é perfeito, existem algumas limitações nas plataformas mais conhecidas de produção de conteúdo: a participação da audiência.

Em um blog tradicional ou mesmo um canal do YouTube, o público tem uma pequena participação na produção do conteúdo. Ela limita-se a comentários, curtidas e compartilhamentos. Tudo muito básico e com pouca profundidade.

Ao mesmo tempo, podemos notar a formação de grupos com interesses em comum. Fãs de algum assunto se reúnem e leem ou assistem conteúdos sobre o tema que mais lhes interessa, mas só. Eles não podem ter outro papel nessa relação, muito por culpa das plataformas.

Mas para que isso possa realmente acontecer, é necessário que um ambiente que promova as interações — e uma das principais soluções é a criação de uma comunidade online.

Estes espaços possuem as características que atendem às necessidades que nós acabamos de ver. Em uma comunidade online o público ganha papel de protagonista e colabora na produção de conteúdo junto com o creator.

Essa forma de interação ajuda a “tirar o peso dos ombros” do produtor, ao mesmo tempo que recompensa aqueles seguidores mais participativos.

Mas isso não significa que o criador da comunidade perde o controle sobre ela. Em plataformas de criação de conteúdo, como a Duopana, o responsável tem total domínio sobre o ambiente, definindo regras de conduta e todas as configurações necessárias.

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Outro benefício é o acesso aos cadastros dos membros da comunidade. Essas informações são valiosas e estão disponíveis para o gestor, algo que não ocorre em outras plataformas tradicionais, como blogs e redes sociais, por exemplo.


A criação de comunidades é o futuro da comunicação. Aquilo que já foi controlado pelos gatekeepers, hoje apresenta um caráter completamente diferente e com necessidades especiais.

Por isso, essas plataformas devem estar cada vez mais em evidência, presentes no compartilhamento de informações e no universo da produção de conteúdo.

A criação de comunidades online é um tema que já foi falado aqui no Marketing de Engajamento. Clique aqui e confira mais sobre esse assunto, seja você creator ou não, para entender tudo sobre uma das principais tendências da comunicação digital.


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