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A Etnografia Digital no Planejamento de Marketing

A Etnografia Digital no Planejamento de Marketing
Josiane Camacho Laurentino
nov. 13 - 3 min de leitura
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O estudo do público-alvo e de pesquisa de mercado ganhou novas metodologias e ferramentas nos últimos anos, com a crescente inserção das ações humanas nos ambientes digitais. Hoje, para se conhecer seu consumidor, essa análise não pode mais ser feita apenas nas lojas, nas ruas, onde as pessoas circulam fisicamente, mas precisa incluir o ambiente digital, onde cada vez mais nós deixamos rastros e apontamos como pensamos, o que queremos, o que fazemos, como fazemos. 

Desta forma, captar o contexto em que o consumidor vive, entender seus desejos e necessidades, entender seu código de valores e evidenciar os vínculos de sentido que unem consumidor e uma marca ou um produto no ambiente digital são alguns dos objetivos da Netnografia ou Etnografia digital, como aponta a pesquisadora Valeria Brandini. Essa metodologia é uma das ferramentas que encontramos para conhecer o público-alvo na era digital, o caminho que se percorre para entender os percursos e códigos de valores das comunidades na internet. 

Se atualmente eu mantenho minhas relações sociais na internet, através das mídias sociais, se aponto que marcas e produtos eu poderia consumir ou admiro através dos botões de “like”, do “curtir”, se discuto e converso com pessoas que têm pensamentos totalmente opostos aos meus, se procuro e entro em comunidades virtuais com pessoas com os mesmos hobbies, eu deixo rastros e códigos que podem ser interpretados pelos pesquisadores da etnografia digital que, ao fazer parte destas comunidades, realizam a antropologia visual, ou seja, fazem um registro de forma não-intrusiva. O mapeamento destes códigos e comportamentos através de uma metodologia científica que inclui a definição de um objeto de estudo (um grupo social), um objetivo, uma metodologia de coleta e análise de dados, forma o campo etnográfico digital. Através desta coleta, pesquisadores podem inferir mudanças no comportamento e nos desejos dos consumidores que ainda não foram totalmente mapeados pelo Marketing, e assim podem suscitar ideias de novos produtos, novas abordagens de propaganda, novos usos das ferramentas de marketing digital. Para isso, é possível usar a Big Data como ferramenta etnográfica, para captar os rastros digitais que deixamos nos ambientes virtuais em que circulamos, e a antropologia para analisar estes dados e comportamentos.

Inferir tendências e novos comportamentos ajudam e muito na construção de um planejamento estratégico eficaz, por isso não podemos deixar de lado a Etnografia Digital em nossos processos de planejamento de Marketing.


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