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As escolas tão distantes do mundo VUCA

As escolas tão distantes do mundo VUCA
Betina von Staa
ago. 3 - 3 min de leitura
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Talvez por serem um ambiente muito tradicional e aparentemente estável, com todos os jovens de uma determinada faixa etária tendo a obrigação de frequentar uma instituição de ensino formal, as escolas revelaram não estarem nada prontas para o mundo VUCA durante a pandemia.

Como se vê em um estudo recente da Abed, somente 19% dos gestores de escolas privadas do estado de São Paulo acreditavam que tecnologia era algo essencial para preparar o aluno para o futuro antes do fechamento das escolas. Os demais achavam que era “a linguagem do aluno” ou um mal necessário do mundo atual.

Resultado: chegou a pandemia – VUCA puro – e não estavam prontos.

Vejamos

Volatility: o mundo mudou em uma semana e tiveram que se adaptar. Qual foi a solução? Tecnologia. As escolas privadas deram um jeito de encontrar tecnologias para se conectar com os alunos e manterem algumas atividades, mas, certamente, quem já estava familiarizado com tecnologia teve mais facilidade para se adaptar rápido. (Dado de pesquisa: + de 90% das escolas anteciparam férias no momento do fechamento das escolas, na esperança que o mundo voltasse ao normal rápido ou para conseguir resolver as questões tecnológicas)

Uncertainty: Se as escolas não se sentissem em um ambiente seguro, já estariam experimentando tecnologias educacionais, de marketing e de comunicação só para estarem a par das inovações tecnológicas e novas possibilidades de trabalho. Quem se sentia seguro, de um dia para o outro se viu sem chão. Quem já experimentava, conseguiu criar estratégias de aprendizagem mais adequadas para este momento e mais variadas do que a aula expositiva síncrona. (Dado de pesquisa: antes da pandemia aproximadamente 90% das escolas investia em tecnologia para comunicação com os pais e 55% para atividades letivas)

Complexity: se entendessem que estão em um mundo complexo, com pessoas que têm desejos e expectativas diferentes, além de estilos de vida e de aprendizagem diferentes, já teriam o hábito de interagir com os alunos de várias maneiras diferentes e por diferentes canais, em diferentes contextos, e não só no horário da aula com a finalidade de lecionar. (Dado de pesquisa: a comunicação da escola é direcionada aos pais, não aos alunos – não existe medo de perdê-los???)

Ambiguity: as escolas entraram em um ambiente de extrema ambiguidade, em que cada um está vivenciando a pandemia de uma forma diferente, seja com medo, ou efetivamente com pessoas doentes em casa, podendo se isolar ou precisando se expor, e a prioridade das escolas foi retomar as aulas do jeito mais normal possível. (dado de pesquisa: gestores acreditam que as famílias estão satisfeitas com as aulas síncronas expositivas. O alto índice de frequência lhes parece tranquilizador). Além disso, existe um desejo dos gestores de retomar as aulas presenciais o mais brevemente possível. Só depois de anunciar que as aulas retornariam que se lembraram de perguntar se os alunos e famílias queriam voltar nesse momento. Se lidassem bem com ambiguidade, estariam investindo todas as energias no melhor modelo de aprendizagem mediada pela tecnologia possível, para só precisar retornar em segurança e talvez nunca mais voltar ao antigo normal.

Para mais reflexões sobre o mundo da educação, acessem:

https://professoresexponenciais.com.br/blog/quem-se-prepara-para-o-futuro-digital-nao-depende-da-sorte


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