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Marketing é marketing, mas o que mudou?

Marketing é marketing, mas o que mudou?
Ícaro Leandro da Cruz Santos
fev. 25 - 5 min de leitura
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Você já leu sobre os 4 P´s do Marketing Digital? Caso não, poderá conhecer detalhes neste artigo que fiz sobre o tema. O fato é que dentro deles, o P referente a praça, é o que posiciona as estratégias com conteúdo interativos, mensuráveis e muitas outras possibilidades que o meio digital pode oferecer para as marcas. Mas, a questão que fica é: você sabe explicar o que mudou da praça no ambiente tradicional para a praça no ambiente digital?

O primeiro ponto que quero destacar nessa evolução que aconteceu nos últimos anos é a forma como o cliente se comporta. No tradicional, o consumidor recebia as informações através de uma mensagem genérica e de massa, ou seja, o meio buscava o cliente tentando impactar o maior número de pessoas possíveis.

No ambiente digital essa comunicação se transforma com a participação ativa do consumidor, indo buscar as informações que são relevantes para sua compra através de plataformas como Google, Pinterest e tantas outras. A mensagem passou a ser segmentada e personalizada. E mais...o cliente agora cria seu próprio conteúdo sobre a marca, tendo como referência a experiência que viveu, ou seja, agora o cliente também é mídia.

Com a facilidade do acesso à tecnologia, através de smartphones e internet (a conexão chegando em 97% da população), mudou a forma como as marcas se apresentam para nós consumidores, deixando de ser invasivo, e passando a estar disponíveis para quem quiser ver. Podendo, inclusive, o consumidor, escolher por qual tipo de produto e por qual anúncio quer ser impactados.

Além disto, a interação dos consumidores com suas marcas aumentou exponencialmente. Era comum esperar dias para receber um retorno sobre alguma dúvida ou reclamação de algum produto.  Hoje, conseguimos avaliar, sugerir melhorias e obter respostas em questões de minutos. O melhor de tudo isso é que a cada dia mais pessoas sabem buscar o canal digital para tratar suas questões com seus fornecedores.

Os custos com os espaços para publicidade, ou seja, mídia, também foram repensados. As inserções eram concentradas majoritariamente em jornais, revistas e TV. Os orçamentos eram caros, fixos e com muitas limitações. Era preciso fazer campanhas longas, com grandes equipes de produção e cenários atraentes. Além do mais, existia uma dificuldade em mensurar o ROI, o famoso Retorno sobre o Investimento, já que não era possível afirmar com clareza se o cliente foi impactado pelo anuncio do rádio, da revista ou da TV.

Com a internet, e seu modelo baseado em códigos, as empresas começaram a enxergar, de forma cada vez mais clara, as características e comportamentos de seus clientes. Através de um banco enorme de dados e máquinas com capacidade de gerar analises deles, o marketing passou a medir muito melhor suas ações e se tornou mais eficiente em suas estratégias.

A última pontuação que gostaria de destacar entre as diferenças da praça no ambiente tradicional versus a praça no ambiente digital é sobre a capacidade de aprender que o profissional de marketing e as empresas passaram a ter com o digital. Antes, era tudo muito bem conceituado e as estratégias valiam por alguns anos ou até décadas. Era natural investir grandes fortunas em produções e, só depois de meses veiculando em mídias de massa, saber o que tinha gerado resultados positivos e o que deveria melhorar em outras oportunidades.

O faturamento crescente do produto anunciado era quem, na maioria dos casos, ditava se o sucesso da campanha foi alcançado. Com o digital, a aprendizagem passa a ser contínuo. Plataformas como Google e Facebook, responsáveis hoje por grande parte dos investimentos dos anunciantes, mudam com frequência seus algoritmos. Se pegarmos o começo do Facebook em 2007, por exemplo, temos relatos de empresas que investiram caminhões de dinheiro para conseguir 1 milhão de seguidores. Naquela época o alcance era um para um, ou seja, ter um milhão de pessoas te seguindo era sinônimo de alcançar um milhão de pessoas.

Em 2021, sabemos que isso já não acontece. Há alguns anos, o algoritmo do Facebook leva a publicação para apenas um percentual do total que te segue. E para acompanhar toda essas mudanças sem ficar para trás, as empresas e os profissionais de marketing precisam compartilhar seus conhecimentos em comunidades. Esse ambiente de colaboração se torna bastante necessário para conseguirmos avançar e criar novas estratégias que farão nossos produtos chegar até o seu cliente.


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