Marketing na Era Digital
Marketing na Era Digital
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

Marketing Governamental e a criação de estratégias no meio digital

Marketing Governamental e a criação de estratégias no meio digital
Adlla Vitória Fernandes da Silva
out. 4 - 4 min de leitura
000

Durante séculos, os governos brasileiros utilizaram-se de canais tradicionais - como televisão, jornais, revistas, rádio, etc - para dispersão de informações relevantes à promoção de projetos ou eventos sediados em conjunto a múltiplas organizações, com o objetivo final de atender os interesses da sociedade e do seu consumidor final, o cidadão. Contudo, na atualidade, as estratégias de marketing voltadas para relações públicas desta magnitude vem sofrendo mudanças significativas e positivas na sua forma de disseminar as boas novas, inclusive no meio digital.

Para introduzir essa temática a respeito do marketing governamental, bem como sua utilidade social e conexões, é necessário saber seu conceito:

Segundo Bicalho (2020), o marketing governamental visa aprimorar o planejamento, o posicionamento favorável aos projetos e ações de variadas instâncias do poder público, seja ele estadual, federal ou municipal, perante a sociedade e demais instituições de iniciativas públicas e privadas. Através desse conceito, é possível compreender que, as lideranças públicas são responsáveis pela utilização de canais e mensagens com storytellings favoráveis às suas construções de imagem (branding), estando diretamente ligados a maneira como pretendem mostrar a eficiência dos projetos elaborados e executados durante sua gestão em determinada instância política.

A fim de contextualizar a disparidade entre os formatos de marketing praticados pelo Governo brasileiro na antiguidade e os da modernidade é possível citar que, na Era Vargas (1930 - 1945), uma das épocas mais marcantes na história política do país, foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), responsável por inspecionar e favorecer campanhas que promovessem a gestão pública do período varguista em diversos meios de comunicação, além do seu jogo de censura que foi instaurado para reprimir materiais que estivessem em desacordo com as diretrizes estabelecidas pelas autoridades federais, alinhando as publicidades a favor dos princípios do governo. Todavia, ao decorrer dos anos, mudanças foram viabilizadas para cumprir uma das principais diretivas mencionadas pela Constituição Federativa do Brasil: a liberdade de expressão. Com isso, é possível usufruir-se das transformações históricas vividas pelo nosso país com relação ao marketing político digital, tendo mais contato com a população e ouvindo seus feedbacks através dos canais mais acessados da internet, promovendo o registro de ações e eventualidades importantes para melhorar hodiernamente a experiência de quem mais importa, o consumidor final, influenciando, indiretamente, na visão que o cidadão terá sobre o atual governo.

Deste modo, é interessante mencionar que, durante a pandemia causada pelo vírus da Covid-19, houve uma intensificação do marketing governamental nas redes sociais, inclusive promovendo as campanhas de vacinação para cativar a atenção da população para os devidos locais de aplicação dos antivirais de acordo com as faixas etárias predefinidas. Um perfil em específico que chamou muita atenção na construção visual e memória afetiva dos seus posts, foi o @pref_olinda, seguem abaixo algumas peças confeccionadas durante a campanha:

Com isso, é plausível concluir que, o marketing governamental está muito além dos estereótipos e tradicionalismo na implantação de ideologias, ele vai além para informar, inovar e gerar mais familiaridade dos cidadãos com as propostas lançadas pela gestão pública de cada localidade da nação.

 

Referências Bibliográficas:

BICALHO, Joana. Marketing Governamental: como trabalhar as raízes do marketing no governo. Como trabalhar as raízes do Marketing no Governo. 2020. Disponível em: https://www.gestaodacomunicacao.com/post/marketing-governamental. Acesso em: 03 out. 2021.

FARIA, Itamar. Getúlio Vargas e o DIP a consolidação do “ marketing político ” e da propaganda no Brasil. 2007. Disponível em: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/53324159/Getulio_Vargas_e_o_DIP_a_consolidacao_do_marketing_politico_e_da_propaganda_no_Brasil-with-cover-page-v2.pdf?Expires=1633229902&Signature=FxqPPsFKsRo87hTvlvAxwVMA88ocB-K8~IVyL0LnDP9Sh9E9BODPUxZiwAnG5UCZkzT2ygG0XOVHCEBVIuzyWRXMm0BReae~znbbzyXePcGhKKX4nLejvWpYUXWW~k8DUC70Oq9Otcli1ScC-J-1xzzTR3~Bcth0QuuQReT3bDV9~mUBnnEVd80miltkSOtt2Dx3GYVlZCXHl7-3tcSSyi7GiN17xokPYWaG~LBAShevZtQ9iKtc5teqp0ZOxNUvEUymCB6G4kjYkvvPR~wRAwhN0ZY-th9ZXhGIG1CQX41md1S7DLOerWdU2RK1YUeqiznGKYYsqGA4WKDz7XKh0w__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA. Acesso em: 02 out. 2021.

RODRIGUES, Debora Vilela dos Santos. Marketing político digital - uma perspectiva do consumidor quanto às estratégias de marketing nas eleições presidenciais brasileiras de 2018. 2020. Disponível em: https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/28601/1/Mestrado-Gestao_Marketing-Debora_Vilela_dos_Santos_Rodrigues.pdf. Acesso em: 02 out. 2021.


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você