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Neuromarketing – Sinto, logo existo!

Neuromarketing – Sinto, logo existo!
Vera Helena Lopes
abr. 7 - 3 min de leitura
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Se Descartes estivesse vivo nos dias de hoje ia travar uma briga filosófica contra a neurociência que pararia o mundo. Sua celebre frase, “Penso, logo existo”, deu lugar a “Sinto Logo existo”.

Para o filosofo a verdade era baseada em concretude. Portanto, tudo tinha que ser necessariamente questionado e não deveria aceitar nenhuma verdade absoluta de antemão. Para ele não era possível confiar nos sentimentos, nos sonhos e tão pouco na matemática, que como uma ciência exata, partia do pressuposto de uma verdade absoluta. Tudo devia ser questionado a priori.

Antonio Damasio, um neurologista moderno, mostra que Descartes talvez não tivesse razão. Baseado em fundamentação da neurobiologia, ele escreve um livro “O Erro de Descartes”, descontruindo tudo o que até hoje para nós era a verdade, a verdade de René Descartes. Para Damasio, a ausência de emoção e sentimento pode destruir a racionalidade. E de acordo com a neurociência e o neuromarketing, Damasio hoje venceria o duelo.

Na verdade, o neuromarketing nos ajuda a compreender melhor como o nosso cérebro funciona nos momentos de decisão de compra. A emoção age como uma flecha direta ao coração, mas é no cérebro que ela é processada. Essa e outras tantas descobertas sobre essa máquina preciosa chamada cérebro, nos faz pensar que Descartes enlouqueceria se soubesse o que sabemos hoje a respeito do tema. Segundo Anais Nin, escritora francesa, “não vemos as coisas como elas são, vemos as coisas como nós somos’. Esse é o desafio de criar relacionamentos de modo geral, inclusive com o cliente.

Atribuir tudo ao cérebro é quase cruel, mas é o que é. A partir do momento que o homem sapiens começou a criar sinapses (ligar os pontos), e gerar novos neurônios (neurogênese), o céu agora é quase o limite. Para tanto, para não se deixar levar pela imensidão de possibilidades e janelas que isso possa abrir sem organizar as ideias é necessário pensar em três coisas fundamentais; a primeira delas é cuidar da atenção, essa é mais fácil de capturar por isso deve ser bem tratada, pois se você pode atrair a atenção do seu cliente, o seu concorrente também. A segunda, é emoção que oscila muito em função do quanto somos seres instáveis. E a terceira e não menos importante, a memória. Essa é mais difícil de captar, mas uma vez acessada pode se tornar uma amiga fiel.

Dessa forma, conectar o neuromarketing a áreas essenciais do estudo do comportamento humano, é um bom caminho para descobrir necessidades e provocar desejos para conquistar de forma orgânica e consistente o cobiçado cliente. Traçar personas, identificar gabs no atendimento às necessidades de lads é essencial, mas é nas entranhas do cérebro que encontramos respostas a tão sonhada fidelidade e lealdade do consumidor.

 

Vera Lopes


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