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A necessidade rompe as barreiras contra a mudança

A necessidade rompe as barreiras contra a mudança
Paula Melo Santos
jul. 16 - 4 min de leitura
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Com capital e tecnologia fartos, produtos e serviços estão cada vez mais semelhantes. Foi exatamente a essa conclusão que chegamos em 2019, enquanto analisávamos o mercado de estética e emagrecimento. Por mais que as metodologias e técnicas sejam diferentes, nem sempre isso fica claro para os consumidores.

Compreendida a necessidade de ser um “ponto fora da curva”, começamos a planejar o que seria a nossa ferramenta de mensuração de hábitos.

Antes de te contar mais sobre essa história, gostaria de me apresentar. Sou Paula Melo, jornalista por formação, mas construí minha carreira em Marketing e Vendas. Atualmente estou a frente do Marketing do Afine-se, um programa de gestão de hábitos e emagrecimento.

Além de uma nova ferramenta de trabalho dos nossos licenciados, o algoritmo também foi criado para ser uma experiência aos consumidores finais, por isso ele tem duas versões: basic e pro. No início de março começamos a fase de testes do basic quando fomos surpreendidos com o decreto da quarentena: se as clínicas deveriam fechar, como elas iriam manter o faturamento?

Por mais que os processos do Afine-se ainda sejam, relativamente, imaturos – a empresa vai completar quatro anos – a sua mentalidade sempre foi digital. O Afine-se foi construído e é gerido praticamente pelo whats app e foi exatamente essa mentalidade digital que nos trouxe a solução. Se o nosso modelo de negócio era flexível, precisávamos ser velozes ao mudar.

Aceleramos os testes, que durariam cerca de 15 dias, e em dois o algoritmo estava no ar, possibilitando que, mesmo à distância e com as clínicas fechadas, nossos licenciados pudessem continuar trabalhando.

Preciso ressaltar que fazer os cálculos deste novo algoritmo não foi tão difícil quanto explicar a sua importância para a nossa rede de licenciados. O que nós víamos como oportunidade, para muitos era uma dificuldade. (Tenho certeza que eles fazem parte dos 41% de empresas que a Martha citou que não possuem estratégia de relacionamento com o cliente no digital).

Mas se tecnologia nasce das necessidades e a sociedade muda o seu comportamento a partir das mudanças da tecnologia, a pandemia forçou a quebra desta resistência inicial, pois mais do que nunca a tecnologia mudou nossas vidas e exponencializou novos hábitos. Com mais de 14 mil acessos em um mês e com inúmeras histórias que estes dados nos possibilitaram contar, as pessoas compreenderam o valor desta ferramenta, que deixou de ser novidade e passou a ser vista como uma inovação.

Nós não só criamos uma nova ferramenta que mede os hábitos das pessoas dentro da nossa metodologia. Nós criamos uma ferramenta mobile, que fornece dados em real time que podem dar início a conversas e novos negócios. Aqueles que souberam usar o valor destes dados, foram os que primeiro tiveram resultados. Mas, mais do que isso, foram eles que entenderam que o que une as pessoas não são as ferramentas, mas seus interesses em comum e suas experiências.

A Martha disse uma frase que define bem os nossos últimos quatro meses de trabalho: “no cenário de complexidade, colaborar é importante porque ninguém sabe tudo de tudo”. Eu tenho certeza que o sucesso deste projeto se deve ao fato de termos incluído várias pessoas durante o processo de implantação, por reforçamos a nossa responsabilidade e parceria com a nossa rede de licenciados e, principalmente, porque tivemos a colaboração daqueles que fizeram uma análise crítica não só da ferramenta, como dos dados que ela passou a disponibilizar.

Quando penso que as mudanças serão cada vez mais rápidas, me preocupo com aqueles resistentes às transformações.


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