Em pleno século XXI, em um mundo altamente conectado, em que temos mais aparelhos celulares do que pessoas é difícil de imaginar que existam pessoas que sejam “invisíveis” ao que toda a tecnologia pode nos oferecer.
A dependência e os benefícios que o uso do celular nos traz é cada vez maior, seja para nos relacionar, nos conectar, estudar, nos divertir, nos informar e também para consumir. Uma ampla gama de opções que facilitam tanto as nossas vidas distantes somente de alguns cliques.
Imagine ficar sem o WhatsApp para trocar aquelas mensagens importantes com a família ou os amigos? Ou ter que se deslocar para o outro lado da cidade que você não conhece sem usar o waze? Ou fazer uma viagem para um lugar maravilhoso e não ter como postar no Instagram e nem no Facebook? Ou precisar comprar algo de urgência para casa, e não ter como pesquisar no Google? Ficar sem saber o que está acontecendo ao nosso redor, em nosso país, e no mundo? Difícil conseguir imaginar ficar sem todas essas e outras inúmeras facilidades, mas para a grande maioria das pessoas com deficiência essa é uma realidade, dura, difícil, que isola e não conecta.
Segundo dados do IBGE do ano de 2021, cerca de 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência no Brasil. Dos mais variados tipos, física, mental, visual etc... São pessoas em sua maioria invisíveis para a maior parte da sociedade, mas que poderiam estar inseridas, conectadas, acessíveis caso essa mesma sociedade composta por pessoas, órgãos, e grandes empresas olhassem mais por elas.
A acessibilidade digital é um direito de todos garantido por lei, e não é difícil de ser aplicada. Basta as pessoas e empresas, não somente as grandes marcas, mas as pequenas também começaram a olhar para esta grande parcela da sociedade e começar a realizar a mudança. O ideal é que seja uma mudança cultural de inclusão para toda a empresa. Que não seja por modismo, mas sim que seja consistente, consciente. Profissionais recebendo treinamentos específicos de acessibilidade digital, novos projetos sendo desenvolvidos atendendo aos critérios de inclusão. Pessoas com deficiências sendo contratadas por empresas.
No marketing podemos começar na prática, com a produção de textos seguindo boas maneiras de acessibilidade como, o uso de fontes maiores, redação mais curta e direta, uso de linguagem neutra, evitar metáforas e figuras de linguagem, e conteúdos postados usando legenda, descrição das imagens, inserindo textos alternativos.
Opções que não requer o investimento de milhões, mas que pode mudar a vida de milhões.
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay