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Acessibilidade no mundo físico e online

Acessibilidade no mundo físico e online
Micheli Beal Ribeiro
abr. 15 - 3 min de leitura
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Para quem já me deu a honra de ter lido outros conteúdos meus aqui na comunidade, sabe que a minha formação acadêmica é em arquitetura e urbanismo. Talvez por isso, uma das aulas mais marcantes de toda a Jornada Insider Marketing na Era Digital foi a aula de Acessibilidade Digital com a Simone Freire, idealizadora do projeto Web para Todos.

Quando um arquiteto, ou mesmo estudante de arquitetura, ouve falar em acessibilidade, a primeira coisa que lhes (nos) virá a cabeça é: NBR 9050. Essa norma da ABNT dita as regras para a acessibilidade de projetos arquitetônicos e urbanísticos, e somos apresentados à ela logo no início da formação.

Um dos meus professores na faculdade costumava dizer que quanto antes no projeto pensarmos nela, mais fácil é de “encaixar os padrões” que a norma estabelece ao que queremos. Mas é muito mais que isso: quando um projeto de arquitetura é pensado a partir da acessibilidade, ele acolhe a pessoa com deficiência — que já enfrenta tantas dificuldades no dia a dia — e tem muito mais chances de ser esteticamente mais bonito do que aqueles que colocam uma rampa em qualquer lugar pelo simples fato de que é obrigatório.

Se projetamos os espaços físicos dessa maneira, por que no online seria diferente?

Quando um site é pensado desde o início para ser acessível, ele tem mais chances de ser esteticamente bonito, tecnicamente funcional e amplamente compreendido, porque design, desenvolvimento e conteúdo trabalham em conjunto para um único objetivo: atender os mais variados públicos, sem fazer distinção entre eles.

A acessibilidade digital, assim como na arquitetura, é boa para todas as pessoas. Melhora a experiência como um todo, de todos os usuários.

Ainda assim, pesquisas mostram que menos de 1% dos aplicativos e 5% dos sites brasileiros atendem os requisitos mínimos de acessibilidade (1).

Então o que falta?

Talvez fiscalização. A penalidade de um projeto arquitetônico que não atenda a NBR 9050 é não ser aprovado para construção, ou seja, ele nunca saíra do papel. E o que acontece a um site que não atenda aos critérios mínimos da W3C, se praticamente qualquer pessoa pode colocar um site no ar hoje em dia?

Bem, além de deixar de atender uma fatia enorme de mercado — só no Brasil são 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência (2) —, sites não acessíveis tendem a perder posição nos resultados de busca, não performar bem em campanhas de mídia paga, prejudicar a experiência dos usuários e, muito provavelmente, comprometer a percepção da marca como um todo...

Não parece ser uma lista que as marcas estão dispostas a perder, certo?

No entanto, seja pela desinformação ou pela dificuldade em tangilibilizar algumas destas “penalidades”, muitas ações que tornariam um site acessível acabam sendo neglicenciadas, deixando uma enorme oportunidade para qualquer marca que quer fazer a diferença e se destacar diante deste contexto.

Se você quer fazer parte do outro lado desta realidade, teste a acessibilidade do seu site neste avaliador disponibilizado pelo Governo Federal e siga o movimento Web para Todos.

 

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Referências:

(1) Fonte: Estudo de acessibilidade Web para todos + Big Data Corp + W3C Brasil (Setembro de 2020)

(2) Fonte: IBGE, Censo demográfico de 2010

(3) Foto de capa por Daniel Ali via Unsplash


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