Uma vez escutei uma frase que me fez entender o que significa Data Driven “ os números quando torturados confessam” Não sei o autor, mas de fato, fala muito sobre o que está acontecendo no mundo digital, um espaço de fácil rastreabilidade de dados que podem nos dizer muitas coisas, basta para isso também saber o que se quer perguntar porque na imensidão de oferta de dados não faltam indicadores. E só não conseguimos extrair o máximo ou o que nos de fato interessa se não tivermos bem claro o que queremos e bastante foco.
Assim como todas as coisas, o Data Driven Marketing evoluiu e vai continuar evoluindo à medida em que a cultura de dados for sendo fortalecida criando um hábito cotidiano onde não será nem preciso pensar muito para colher e estruturar, mas sobretudo cada dia mais necessário será analisar o que eles nos trazem e principalmente agindo sobre isso.
Ele passou por alguns estágios nessa evolução e vale destacar quais são para entender o que significa esse amadurecimento e o sentido de fazer na prática a criticidade sobre o que dizem. Então vamos lá: a primeira delas foi o estágio de decisões baseadas em indicadores de reputação. (seguidores, likes, engajamento). O segundo estágio foi o de decisões baseadas em indicadores de comunicação ( sessões, visualizações, rejeição, cliques, saudabilidade) ou seja, começa aqui a avaliação mais qualitativa do que o primeiro. No terceiro, decisões baseadas em indicadores de vendas (leads, vendas, conversão, faturamento, CAC). Aqui, entra a fase do e-commerce, um avanço em direção a busca por resultados concretos de ações de marketing. No quarto estágio, onde nos encontramos agora, é o estágio de decisões baseadas em indicadores de sustentabilidade do negócio, um salto fundamental na história do digital(rentabilidade, NPS, MRR, Life time value, entre outros). Mas para chegar no quarto, é necessário passar por todos os outros sem tentar pular etapas.
Fica claro com o uso deliberado de dados que as decisões são mais assertivas, o relacionamento com o cliente é muito mais saudável e certamente sai à frente da concorrência, o que gera mais oportunidades de aumentar a lucratividade . Já sabemos que na era digital o importante é ser mais rápido e flexível. Quem tem mais informações, mas que as usam imediatamente sobre o risco de errar e corrigir a rota rapidamente. Não tem espaço nesse jogo para amadorismo ou achismos. O profissional de marketing nesse estágio de evolução que o digital traz não pode se furtar de fazer análises de dados sob pena de não conseguir jogar o jogo jogado. É isso que faz a diferença, que cria estratégias, que fará o cliente ter a melhor experiência possível ao longo da sua jornada deixando assim seu legado e sua relevância, coisa tão determinante do sucesso que o mundo impõe.
Vera Lopes