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Intolerância à DÍGICTOSE

Intolerância à DÍGICTOSE
Edgar Galbiatti
jul. 23 - 3 min de leitura
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Hoje acordei péssimo, um sentimento ruim mesmo sabe, dor de cabeça, acho que é o fígado, ou o estômago, quem sabe o esôfago, nunca sei qual é qual entre eles…

Minha nossa, e se for o rim? Ou o coração?

Melhor pedir um exame ou ir direto para o pronto-socorro? Mas, espera, em tempos de pandemia ir ao hospital? Não, de jeito nenhum.

Vou apelar para um chá de boldo, mas eu odeio boldo. Hora de repensar o pronto-socorro?

Ah, antes vou dar uma clássica googada, claro! Que nada, vou baixar o ADA (https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ada.app&hl=pt_BR&gl=US) e assim já resolvo qualquer outro sintoma que eu tiver. Humm, não deu, problemas de espaço no meu smartphone.

 

Puxa, baixei 14 novos apps nos últimos dias, será muito?

 

Segundo estudos realizados pela empresa App Annie Intelligence, o brasileiro tem em média entre 70 a 80 aplicativos instalados em seu celular (minha nossa!) e, entre esses, usa algo como 30 por mês.

 

Ainda sobre as pesquisas da App Annie, o Brasil é o país onde se gasta mais tempo em aplicativos do mundo, com uma média de 5,4 horas por dia, representando um crescimento de 11,2% sobre 2020!!! Esses são resultados recentes e se referem ao segundo trimestre de 2021, o que parece confirmar que a app economy veio para ficar mesmo após o pico do início da pandemia, que ocorreu especialmente com aplicativos de delivery. Para ilustrar, somente no Brasil e na Indonésia são gastos mais de 5 horas por dia em aplicativos. Se isso é positivo? Depende, pois sabemos da forte utilização do Whatsapp por grande parcela da população.

 

E onde meus sintomas se encaixam nisso? Em quase nada mesmo. Então eu mergulhei um pouco mais e descobri que tenho uma nova síndrome: Intolerância a DIGICTOSE. Já ouviram falar? Acho que não, pois acabei de inventar.

Essa síndrome perversa surge com força em qualquer momento que meus aplicativos travam ou não me entregam a experiência digital que eu busco neles. Nada como aquela linda mensagem - este aplicativo parou de funcionar - para os sintomas retornarem.

 

Fui pesquisar um pouco mais e vi outros sintomas relacionados a essa síndrome, que podem ou não serem apresentados em conjunto. Um dos principais é a irritabilidade que atua junto com uma vontade extrema de utilizar o smartphone como um instrumento de arremesso. Algumas pessoas também passam a gritar com o aparelho, na esperança que o assistente de voz resolva algo, geralmente essa ação tampouco funciona.

 

Tratamentos paliativos incluem excluir apps sem uso ou mudar para soluções concorrentes, mas que continuam sendo aplicativos, portanto sujeitas a teremos mesmos efeitos na minha saúde. No extremo, outra solução seria virar eremita, muito radical para meu perfil. 

Assim, por ser algo novo, ainda não tem muita literatura, mas enquanto não encontrem um um tratamento eficiente, acho que vou baixar um app de meditação mesmo...


 

https://tecnologia.ig.com.br/2021-07-19/brasileiros-tempo-de-tela-celular.html

  1. Brasil: 5,4 horas por dia

  2. Indonésia: 5,3 horas por dia

  3. Índia: 4,9 horas por dia

  4. Coreia do Sul: 4,8 horas por dia

  5. México: 4,7 horas por dia

  6. Turquia: 4,5 horas por dia

  7. Japão: 4,4 horas por dia

  8. Canadá: 4,1 horas por dia

  9. Estados Unidos: 3,9 horas por dia

  10. Reino Unido: 3,8 horas por dia

 


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