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Lifelong Learning: como a educação e a tecnologia podem andar juntas?

Lifelong Learning: como a educação e a tecnologia podem andar juntas?
Luciano Kalil
nov. 6 - 8 min de leitura
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A educação tradicional está mudando radicalmente e o impacto já é sentido por instituições e alunos. Não é surpresa para ninguém que a forma como fazemos diversas atividades, como assistir um filme ou ouvir uma música, já não é mais a mesma. O ensino não está de fora dessa revolução promovida pela tecnologia, e o conceito de Lifelong learning segue justamente nessa linha.

Mas antes de falar mais sobre ele, vamos entender um pouco melhor esse contexto.

Esse movimento já está provocando uma crise no setor e o fechamento de centenas de universidades ao redor do mundo. Mesmo em países mais desenvolvidos, isso já é percebido e tende a ficar ainda mais evidente nos próximos anos.

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Mas o que para muitos é sinal de fim dos tempos, para outros é o indício de que uma nova forma de educar está chegando com força total. Não se trata do fim do ensino, mas uma transformação onde o que conhecíamos não será mais como antes — e isso pode ser bom em diversos aspectos.

Ensino superior é um dos mais afetados

Enquanto escolas e colégios continuam sendo a principal (e quase exclusiva) forma de educação nos primeiros anos de vida, as universidades e faculdades começam a perder estudantes para outras formas de aprendizado, principalmente por meio de plataformas digitais na internet.

Nos Estados Unidos já é possível perceber o impacto que o avanço tecnológico está causando nas instituições de ensino superior. Segundo análise do professor de Harvard Clayton Christensen, 50% das faculdades e universidades vão fechar as portas na próxima década. Não precisamos nem dizer o quanto isso afetará o ensino da forma como o conhecemos até hoje, não é verdade?

Esta situação não está favorável para as instituições americanas. Cerca de 25% já operam em déficit e tem um futuro não muito animador para os próximos anos. As que mais sofrem são as que possuem menos de 1000 alunos. Estas devem passar por um período de adaptação para continuarem em atividade.

Estes números são reflexos de um movimento que se intensifica desde 2016, afetando principalmente as menores faculdades.

Adaptação é a palavra certa

Houve um tempo em que ser datilógrafo era uma profissão e ter um curso de datilografia era pré-requisito para conseguir um bom emprego. Nenhum dos dois é mais necessário, mas isso não significa que paramos de escrever. Apenas encontramos outras formas de fazer isso.

Podemos pegar este pequeno exemplo e aplicar na educação. As pessoas não vão deixar de buscar conhecimento, apenas encontrarão outras formas de fazer isso. Para não fechar ou ir à falência, as instituições de ensino devem se adaptar às novas necessidades dos estudantes.

Para a imensa maioria das pessoas o caminho natural era sair da escola, ir para a faculdade e talvez buscar uma especialização. Pronto, sua educação estava concluída com sucesso e bastava seguir o caminho profissional.

Lifelong Learning quer dizer aprender por toda a vida

É justamente aqui que entra este novo conceito, que está transformando a forma como as pessoas acessam a educação, e principalmente, quando isso acontece. Conhecido como Lifelong Learning, ele apresenta a ideia de que o ensino não acaba depois da faculdade ou de uma pós-graduação. Continuamos aprendendo ao longo da vida, sobre os mais diversos assuntos e de formas variadas e não-tradicionais.

Isso representa um duro golpe nas faculdades, já que elas são as representantes do conceito convencional de ensino. Combinado com a educação a distância, podemos perceber como fica claro que as pessoas continuam buscando aprender a cada dia. A diferença é que agora elas estão buscando (e encontrando) um novo caminho que não depende de universidades tradicionais ou faculdades engessadas.

Presença online é a solução

Cerca de 20% dos estudantes norte-americanos já fazem parte de algum tipo de programa online de ensino. No Brasil, o número de alunos de EAD cresce a cada ano, e esta forma de aprendizado já vem conquistando um considerável espaço no país. Segundo o último Censo da Educação Superior, o número de vagas no ensino a distância já é maior que o presencial.

Além de mais barato, estudar online requer menos tempo e apresenta uma rotina mais flexível para o aluno. Estes fatores são interessantes para os alunos, que têm optado cada vez mais por seguir pelo caminho da educação por meio da internet.

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As instituições de ensino superior precisam entender esse movimento e se adaptar a ele. A oferta por cursos mais rápidos, dinâmicos e digitais deve crescer ainda mais nos próximos anos e se consolidar como uma alternativa eficiente, tanto para alunos quanto para faculdades. Quanto mais cedo elas perceberem, mais chances de sucesso terão neste competitivo mercado.

Diversas universidades no Brasil e no mundo já contam com conteúdos online para os estudantes. Esta nova forma vai de encontro ao que o mercado tem buscado, mas precisa ser feita com ainda mais força. É preciso conhecer as principais ferramentas disponíveis para poder oferecer um material rico, interessante e que seja compatível com esse novo modelo de educação digital.

Educação online: comunidades e troca de informações

Se você ainda pensa que ter aula online é algo solitário, preciso te informar que isso mudou radicalmente. Por conta do dinamismo da internet, cada vez mais vemos plataformas de ensino que proporcionam a troca de informações, aprendizado mútuo e interações entre alunos e professores com a mesma intensidade de uma sala de aula tradicional. 

Ou quem sabe até com mais intensidade e com transformações reais promovidas pelo encontro das pessoas e a colaboração entre elas. Um exemplo disso são as comunidades colaborativas. Estes ambientes tem tudo a ver com o Lifelong Learning e são perfeitos para a oferta de cursos e assinaturas de conhecimento de todos os tipos e assuntos.

Uma comunidade online oferece todas as ferramentas necessárias para que o aluno aprenda da melhor forma possível. Nela, todos podem ser leitores e autores de artigos, ou seja, todos podem ser alunos e professores ao mesmo tempo. Podem participar de grupos de discussão e contribuir para o aprendizado participando ativamente dos conteúdos apresentados, assim como vemos em sala de aula. 

Um ponto em comum entre as instituições que estão fechando é a baixa ou quase nula presença online. Em um mundo conectado como o que vivemos hoje é praticamente impossível pensar em uma educação analógica, sem contato real com as tecnologias que temos à disposição.

Ir contra esse movimento, ou mesmo ficar para trás será prejudicial. É só uma questão de tempo.


Ao contrário do que muitos pensam, a tecnologia não é uma inimiga da educação tradicional. Pelo contrário, ela é a garantia de acesso ao ensino para muito mais gente do que o normal. Usar ferramentas, como as comunidades online focadas no Lifelong Learning, são maneiras que as universidades e faculdades possuem para encontrar um novo público, e mais do que isso, uma nova forma de transformar a vida das pessoas por meio da educação.

Percebemos que a demanda por cursos e conhecimento está maior do que nunca, com tendência de crescimento ainda maior em um futuro breve. Com tantos especialistas em diversos assuntos, sempre haverá também espaço para grandes nomes da educação.

LEIA MAIS Como aumentar o engajamento de comunidades

Abraçar a tecnologia atual é apenas mais um passo, para quem um dia já trocou o giz por canetas hidrográficas, e a enciclopédia da estante pela biblioteca da internet.

Quer contribuir com essa discussão? Então compartilhe esse conteúdo nas suas redes e faça essa ideia chegar em outras pessoas que também se interessam por essa revolução da educação!


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