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Marketing de Influência

Marketing de Influência
Vera Helena Lopes
set. 15 - 4 min de leitura
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Segundo Philip Kotler, o marketing pode ser usado para influenciar a mudança de comportamento, ou seja, vai além da relação de demanda e oferta de um produto e serviço. Mas, buscando reforçar e ampliar a discussão, vamos atrás de uma definição de influência, afinal, para se conhecer um conceito nada mais apropriado que ir atrás de sua definição. De acordo com nosso amigo google, influencia é uma ação de um agente fisíco sobre alguém ou alguma coisa, suscitando-lhe modificações. Ou seja, modificações são mudanças. Vamos mais um pouco, para o escritor Yuval Noah Harari que escreveu o livro “SAPIENS – Uma breve história sobre a humanidade” existe uma teoria que nossa linguagem singular evoluiu como meio de partilhar informações sobre o mundo. Ou seja, informações para gerarem mudanças no comportamento. Portanto, encerrando a conversa, ainda no início dela, quem detém informação detém influência, e influência muda comportamento.

Por isso hoje em dia está tão em voga a estratégia de marketing de influência. Não que seja algo novo, mas porque a influência está ligada a algumas questões como posse (de informações ou coisas), experiência, comunicação e não menos importante ao momento da história. Os canais digitais potencializam e muito o fato  de uma pessoa ou marca causar influência em alguém, afinal  tem ferramentas, tecnologia e com isso velocidade e alcance. Mas, a influência é inerente ao comportamento humano. E juntar essa característica singular de ser capaz de influenciar alguém ou grupo, com o poder da internet e suas redes sociais, é como juntar a fome com a vontade de comer.

A grande questão é que antes do digital, a capacidade de evidenciar (informar) e de influenciar(formar opinião) estavam concentradas nos grupos sociais,  os chamados elos fortes ou relacionamentos próximos, ou, nas mídias de massa como televisão. O que o digital permitiu foi reforçar e entender o papel dos elos fracos, ou nossos relacionamentos distantes e casuais, que geram audiência por serem um número bem maior do que nos elos fortes(concentrados), e dessa forma criou força porque saiu de lugares centrais para difusos, gerando uma grande onda de micro influências, agigantando-se em escala, alcance e constância.

Sendo assim, não é lugar comum dizer que influência faz parte do capital cultural e social de uma comunidade. O que hoje é relevante para se tornar um influenciador não diferencia dos nossos ancestrais, mas muda a forma e o canal de contato. Se antes era necessário confiar no interlocutor diante de sua convivência próxima e resposta diante de um fato, hoje, além da conexão com a comunidade, é fundamental, criar boas narrativas e conteúdo, manter sua coerência atitudinal e ser verdadeiro e autêntico. O digital não permite espaço para incoerências entre o que fala e o que faz. É o verdadeiro”.

Marketing de influência é antes de tudo marketing de relacionamento, e relacionamento está ligado a confiança, a contextos, histórias e mais do que isso, está ligado ao coração. Nós somente permitimos que nos falem àqueles em que nos abrimos para tal. É engano dizer que ouvimos tudo e a todos. Nossa capacidade de selecionar  o que  escutamos é diretamente ligada a nossa necessidade de confirmação daquilo que somos e acreditamos, e só rompe essa barreira nos provocando mudança quem de fato é digno de influenciar e comprovar que essa mudança é em prol do meu beneficio pessoal, mas acima de tudo do benefício coletivo. Podemos até não acreditar nisso racionalmente, mas somos fruto de transformação coletiva, e é assim que caminharemos nesse espaço chamado vida. Seremos sempre impactados a mudar e isso se faz na troca, na experimentação e crença de algo melhor.

Vera Lopes


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