Antes da explosão das redes sociais digitais, a criação e a disseminação de um produto e serviço era uma via de mão única. Um fabricante criava algo, divulgava nos meios tradicionais como jornais, catálogos, outdoor e as vezes (para quem tinha muita grana) na TV com a intenção de se fazer conhecido e consumido. Valia até rezar porque saber do efeito desses meios e seu alcance não era para qualquer um.
O produto podia ser exatamente o que o cliente gostaria de ter, mas só era possível saber depois de algum investimento, pesquisa e sorte! Mas, aí algo de extraordinário aconteceu; diante das redes sociais na internet e das mídias digitais, o cliente passou a ser além de consumidor, o coprodutor do que lhe interessava. Os papéis e etapas da construção passaram a ser orgânicas, onde se tornou difícil saber onde começava ou terminava a intervenção do cliente/consumidor. Ficou tudo junto e misturado!
Com isso, o processo de fabricação que antes era linear, virou circular, onde se consumia virou experimentação e aí o nível de complexidade da cadeia de fabricação e consumo aumentou substancialmente. Mas, isso não quer dizer de forma nenhuma que foi ruim, pelo contrário, a co-criação propiciou o engajamento e consequentemente o relacionamento mais profundo entre as partes. Isso fez com que vender ficasse em segundo plano, porque não era mais necessário “empurrar” nada para o cliente, afinal foi ele quem ajudou a construir.
Quem fez isso entendeu que no centro está o cliente, e o que está em sua volta deve estar pensando e trabalhando para satisfazer suas necessidades e desejos. É assim que se cria as estratégias para chegar ao objetivo final que é consumo e a disseminação do produto. É acima de tudo voltar as raízes, promover o famoso marketing boca a boca que nunca deixou de existir e agora a boca ficou larga, porque se propaga nas redes sociais. É acima de tudo permitir que a tecnologia se misture com o mundo físico e fazer com que o que podia ser uma ameaça, seja sua verdadeira aliada na conquista do mercado.