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MEDO DE FICAR DE FORA - Fear of Missing Out”

MEDO DE FICAR DE FORA - Fear of Missing Out”
Dario Mendez
set. 30 - 4 min de leitura
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Nesta etapa de quarentena, você fica muito angustiado quando perde aquelas Lives interessantes, não fez o tanto de cursos que teus amigos fizeram, não consegue postar um novo certificado a cada 3 dias no Linkedin? Está lendo o mesmo livro há um mês? Está inscrito e já pagou o curso de Yoga por EAD, mas não conseguiu avançar além do vídeo de boas-vindas? Teus amigos conseguem fazer mil coisas ao mesmo tempo e são felizes com isto? Tudo isto te incomoda ao ponto de perder o sono e achar que você é um grande procrastinador?

Possivelmente você esteja passando por um fenômeno chamado FoMO - “Fear of Missing Out” – ou Medo de ficar de fora. Podemos definir como o medo de que outras pessoas saibam coisas que você desconhece ou que vivenciem experiências que você não tem. É a sensação de estarmos em situações que apresentam muitas alternativas, mas nossas opções sempre nos trazem o senso de perda em função do que deixamos de escolher.

Esta "ansiedade social" foi identificada pela primeira vez pelo Dr. Dan Herman em 1996, mas o primeiro trabalho acadêmico acerca do tema foi publicado somente em 2000 no The Journal of Brand Management.

Esta dificuldade ficou bastante acentuada com a facilidade de conectividade que a tecnologia nos proporciona atualmente. Contudo a internet não é fonte apenas de conhecimento, uma vez que nela encontramos muita ostentação e vidas fantasiosas repletas de alegria, festas fantásticas, amizades divertidas, empregos dos sonhos e outras coisas imperdíveis – mas irreais. Desta forma, as pessoas acometidas por estes medos acabam criando um círculo vicioso de constante busca de novidades, falsas realizações e comparações com a vida dos outros.

A pandemia potencializou o crescimento desta síndrome, uma vez que muitas pessoas tem a sensação que estão perdendo tempo e oportunidades por ficarem em casa. Isto pode explicar a explosão na frequência de Lives, cursos à distância, estudos de temas alternativos, ansiedade, depressão, compulsões alimentares, hipertensão.

Um dos principais sintomas é quando o smartphone começa a “ser uma extensão do braço”, em que a ideia de ficar longe das mídias sociais, não acompanhar e confirmar presença em eventos e cursos, não saber das últimas notícias do momento, torna-se motivo de angústia e sofrimento. O indivíduo não para de olhar se chegaram notificações, digita enquanto dirige ou caminha, tem a sensação que seu celular está vibrando no seu bolso.

As consequências extrapolam a vida pessoal, pois ocorre um afastamento social, prejudica o desempenho profissional e pode abalar a área sentimental, uma vez que a pessoa acometida tende a ficar isolada e/ou sem foco nos processos de integração com pessoas de verdade.

Para recuperar o equilíbrio, existem algumas sugestões que podem colaborar:

- Otimizar o tempo nas redes sociais: defina horários e intenções no mundo virtual;

- Revisar e programar atividades diárias: havendo uma rotina, um cronograma que inclui atividades diversas, diminui a tendência de ansiedade e sensação de perda de tempo;

- Resgatar interesses e hobbies: quando estamos ocupados com atividades prazerosas, afastamos a dependência por buscar novidades no mundo virtual. Música, leitura, caminhada, jogos, marcenaria, artesanato, são grandes aliados para alcançar o bem estar;

- Valorizar os pequenos detalhes: assistir um desenho, brincar com seu filho, aguçar o olfato ao fazer um café, inventar uma salada, ligar para um amigo, tem efeitos surpreendentes para nossa felicidade;

Não existem fórmulas infalíveis, uma vez que o importante é resgatar os valores e características individuais, cada um tem seus próprios tesouros a serem redescobertos.

 Se mesmo assim a luta parecer muito complicada, não tenha receio de buscar ajuda. Se conversar com um amigo ou familiar não resolver, procure ajuda profissional.

Não! Não adianta buscar a solução através do Google, quem vai te ajudar são pessoas!


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