Rafael Kiso diz que são três fatores que definem a fácil adaptação dos seres humanos às tecnologias mobile. São eles:
- Somos mobiles por natureza.
- O humano é um ser social e a comunicação é a base da socialização.
- Temos necessidade de obter informações constantemente para poder sobreviver e viver melhor.
Quero me aprofundar nesse terceiro fator.
Trabalho faz tempo com comunicação e agora também atuo na área da educação. “Obter informações para sobreviver e viver melhor” pode resumir o quanto a educação e a comunicação possuem semelhanças. Ambas as áreas possuem a missão gigante de ajudar a humanidade a evoluir através de informações, do conhecimento.
No jornalismo, a proximidade entre as áreas é bem visível. Mas na era digital, percebe-se a aproximação entre comunicação e educação também na publicidade. Se há pouco tempo “fazer propaganda” era apenas anunciar produtos e serviços, hoje não se consegue bons resultados apenas com uma frase de impacto e um design bonito. “Conteúdo é o rei” é a frase repetida a todo o momento que resume o que é fazer comunicação hoje em dia. Bons conteúdos ensinam.
O mobile está em nossas vidas. É fato. O celular é uma extensão dos nossos cérebros. Por isso é tão importante a educação participar da era digital, trabalhando a compreensão das novas mídias, utilizando as informações que já estão nas redes em sala de aula, diferenciando mentiras e verdades, ensinando a utilizar as tecnologias de forma crítica.
O casamento da educação e da comunicação acontece na Educação Midiática. No Brasil, o movimento Educamídia oferece formações para professores, defendendo o uso das mídias como camada em todas as disciplinas.
Por outro lado, quem produz conteúdo precisa ter consciência da responsabilidade das informações que compartilha. Sejam jornalistas, publicitários, profissional de marketing, relações públicas, todos precisam compreender que também estão ensinando.
É a grande missão.
Imagem: Unsplash