Nossos Laços Sociais

O ser humano é, por si só, social. É de sua natureza a busca por construir uma conexão com pessoas e grupos de interesse. E isso só é possível graças a comunicação, é ela que é a essência das redes sociais. Porém,  com a chegada da tecnologia e sua presença cada vez mais constante em nosso dia a dia, o compartilhamento comunicacional foi facilitado e as interações foram simplificadas já que tudo está cada vez mais conectado.

É essa conexão que permite a criação de uma estrutura social composta por nós, indivíduos interligados por diversos tipos de interdependências. Viramos usuários influenciados por visibilidade, popularidade, autoridade e reputação. Buscamos por valores como os nossos ou como os quais gostaríamos de possuir.

E é através desses valores e influência que construímos a ideia de pertencimento aos mais diversos tipos de grupos sociais. Assim construímos nossos laços. Publicamos nossas ações ou pensamentos com intuito de atrair proximidade, conexão e, essencialmente, um número maior delas. Viramos eternos buscadores de capital social.

Se tenho laços firmes, construídos através de fortes conexões, possuo portanto a possibilidade de gerar cada vez mais confiança e segurança para aqueles que estão conectados a mim. Entretanto, apesar do valor intrínseco de um laço forte, são os laços fracos que tornam possível o alcance a audiências que não são acessíveis por meio de laços fortes. São eles as pontes que nos permitem ampliar, ou até mesmo reduzir, o capital social, já que são responsáveis pela maior parte de transmissão de informações entre as redes.

A verdade é que a construção de nosso capital social, seja ele cognitivo ou relacional já que inicialmente são construídos por uma relação simples e depois por uma construção de autoridade, não pode ser medida apenas por um número de conexões e consequentemente popularidade. Na construção de relações, qualidade não significa quantidade, e está aí a importância em se  construir laços e não apenas conexões entre os nós.