Certa vez ouvi a frase: “as soluções de negócio começam sempre por um problema humano” e é por isso que marcas e empresas não podem perder a sensibilidade de entender o comportamento do consumidor que, se antes mudava de 10 em 10 anos, agora muda a cada dia — principalmente neste período de pandemia.
Como bem disse a Martha em uma das aulas do módulo 2, “toda empresa existe para servir o consumidor, começando pela definição dos seus gostos, desejos e necessidades e terminando por oferecer produtos e serviços que o satisfaçam do modo mais eficiente possível”. Por isso é preciso compreender que não é o Marketing que cria as necessidades de nossos clientes, nós apenas adaptamos os seus desejos.
Aqueles que se esquecem disso, são os mesmos que esquecem que o Marketing é um processo de troca, que exige que cada parte tenha algo de valor para a outra. É por isso que eu acredito que não há mais espaço para negócios que só pensam em vender, é preciso criar valor a longo prazo, se conectar com pessoas, defender boas ideias, criar significado, trazer experiências e soluções. Se os bens estão ficando cada vez mais parecidos, mais os serviços acoplados a eles fazem diferença na compra.
Se pensarmos sobre os dias atuais a forma de criar e desenvolver novos produtos, mudou. Bem como surgiram novas formas de pagamento (preço), os negócios começaram a ficar disponíveis 24x7 (praça) e nós trocamos a publicidade por relevância e relacionamento (promoção). Devemos entregar coerência e consistência e temos de ser criativos e estratégicos utilizando os dados para ter cada vez mais insights relevantes e assim colocar as marcas nas conversas com os consumidores.
O papel do Marketing é comunicar corretamente narrativas que conectem empresas e consumidores com seus ativos intangíveis, pois o consumidor buscará, cada vez mais, causa e propósito. E todas estas interações entre marcas e pessoas é que irão construir o valor futuro de uma marca.
Se as soluções de negócio realmente começam sempre por um problema humano, o foco das nossas estratégias deve ser muito maior nas pessoas do que nas ferramentas. Afinal de contas, o que une as pessoas e que gera oportunidades, não são as ferramentas, mas seus interesses em comum.
Eu acredito que uma oportunidade é o que você faz dela, então quem não entender que está lidando com pessoas que têm percepções seletivas e necessidades diferentes, continuará perdendo tempo, dinheiro e desperdiçando oportunidades.