A habilidade de nos relacionarmos com outras pessoas transcende as dimensões de uma comunicação protocolar. Concordo que a sequência e a sistematização da transmissão de mensagens, como fatores que promovem a informação de uma ou entre ambas as partes, se faz necessária para informar e apoiar a interação com os pacientes.
A pandemia democratizou o uso das plataformas digitais, o acesso ficou facilitado para muitas pessoas que antes não utilizavam regularmente.
Criou-se aí uma oportunidade para nos aproximarmos, gerarmos vínculos emocionais e, evidentemente, de suporte para as necessidades que possam vir a relatar.
A comunicação nestes moldes, onde somos mais interessantes e não interesseiros, permite a demonstração do cuidado com as pessoas que frequentam clínicas odontológicas.
Esta conexão de modo frequente, em harmonia com os dados que produzimos e formalizamos nas consultas iniciais, tem o caráter de atenção e de preocupação. Não somente com a saúde do paciente, mas com a sua vida de modo geral. Esta disposição em estarmos atentos às pessoas que fazem parte da nossa trajetória, nos confere credibilidade.
A prevenção pode ser o propósito, antecipar problemas pode ser a estratégia, manter a saúde o objetivo esperado.
Ignore definitivamente uma comunicação pré-fabricada, destinada da mesma forma a todos, com uma mesma retórica. Frases prontas são frias e, na maioria das vezes, provocam efeitos de afastamento, sem a intenção da responsabilidade de zelar por alguém que confia em nossa postura profissional.
Mensagens subscritas por computador, formatadas com o mesmo intuito de apenas atrair clientes para rentabilizar a clínica, esquecendo os seres humanos esclarecidos que as recebem e tem o poder de escolha. Esta não mais baseada exclusivamente nos resultados, mas no conjunto de atitudes que marcam a humanização dos processos associados.
Personalizar a comunicação pode render mais trabalho, mas, infinitamente, supera a linguagem robotizada utilizada para dinamizar e apressar as ações para tal.
Celso Orth