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A inteligência artificial nos tornará mais humanos?

A inteligência artificial nos tornará mais humanos?
Marcia Eli da Silva Marques
jan. 29 - 3 min de leitura
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Nos anos 1960, o seriado Os Jetsons, criação da dupla Hanna Barbera, fazia sucesso ao brincar com o imaginário do telespectador sobre como seria o futuro, mais especificamente, em 2062. George Jetson, um pai de família de classe média, chegava a causar inveja pela sua jornada de trabalho reduzida, por conta das facilidades da tecnologia. Era uma vida de carros voadores, vídeo conferências, robôs domésticos, cidades suspensas e muitos botões.

A graça da série estava em mostrar que se o ser humano não é perfeito, as máquinas menos ainda. As frequentes panes e curto circuitos dos personagens autômatos nos levavam a imaginar o quão difícil seria a trajetória rumo à criação da inteligência artificial, ou simplesmente IA. E uma vez criada, quão confiável seria até a inserirmos de fato em nossa rotina.

Quase seis décadas depois, convivemos naturalmente com uma série de experiências baseadas em IA, sendo que muitas vezes nem nos damos conta disso. Por sorte, o seriado não foi certeiro na previsão mais importante: a de tornar o ser humano um simples repetidor de tarefas, bastando apenas apertar botões para resolver uma infinidade de demandas. Ao contrário, estamos entrando em uma era onde a criatividade ganha muito mais valor, à medida em que mentes brilhantes podem gastar menos tempo com tarefas repetitivas e se dedicar à produção de novas ideias.

No entanto, a tecnologia que fascina é a mesma que intriga e preocupa. Só por curiosidade, faça uma busca no Google com a seguinte pergunta “a tecnologia vai roubar meu emprego”? e veja um resultado de nada menos do que 4 milhões de páginas referentes ao assunto. É claro que muitas atividades realizadas pelo ser humano já são ou passarão a ser, muito em breve, executadas por máquinas, com a vantagem de maior escala e mais precisão.

Calma! Não haverá nenhum duelo entre a mente humana e mecanismos de machine learning, mesmo que o segundo tenha capacidade de processar, armazenar e fazer combinações complexas para aprender a uma velocidade muito superior à do cérebro humano. O que pode acontecer é um grande redirecionamento: uma mudança necessária de foco entre problemas que a máquina pode resolver e questões que dependem de criatividade para novas descobertas. Por exemplo, causas humanitárias de diversas ordens, como combate à fome, à exploração sexual, ao trabalho infantil, ao tráfico humano, entre outras mazelas do mundo, são problemas que precisam ser liderados por mentes completamente humanas, dispostas a investir em soluções que ajudem pessoas a fazerem melhores escolhas e, desta forma, ajudem outras pessoas.

Em resumo, o desejo é de que a Inteligência Artificial evolua rapidamente para atingir um propósito absolutamente nobre: o de nos tornar mais humanos e capazes de dedicar nosso precioso tempo à continuidade da vida e sustentabilidade do Planeta.


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