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A newsletter não morreu: o boom do the news

A newsletter não morreu: o boom do the news
Micheli Beal Ribeiro
jul. 14 - 4 min de leitura
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Enquanto muitos acreditam que a newsletter — formato de e-mail marketing informativo — morreu e que a maior parte do esforço de marketing precisa ser direcionado ao conteúdo publicado nas redes sociais, um canal de notícias independente tem chamado a atenção e se espalhado pelas rodas de conversas cotidianas: o the news. Você conhece?

O thenews cc se apresenta como um jornal gratuito e diário, que tem por objetivo trazer uma curadoria de conteúdo relevante aos seus assinantes, para que estes se mantenham informados sobre as principais e mais recentes notícias do Brasil e do mundo.

O projeto, que iniciou no início da pandemia — mais precisamente no dia 19 de março de 2020 —, tinha mais de 100.000 inscritos em menos de um ano. Mas como uma newsletter, que ninguém sabe exatamente quem é o autor, tem feito tanto sucesso?

Depois de ter me inscrito e indicado para todas as pessoas próximas, decidi usar a comunidade para avaliar, sob o ponto de vista do marketing, os motivos pelos quais eu acredito terem feito do the news o jornal preferido do momento:

 

1 - A confiança vem da repetição

A neurociência comprovou há muito tempo que o ser humano se acostuma mais facilmente com aquilo que é conhecido e previsível. Por isso, a newsletter do the news chega sempre no mesmo horário (06:06 da manhã) e segue sempre a mesma sequência de notícias: atualidades do mundo, do Brasil, da tecnologia e do mercado financeiro, exatamente nesta ordem.

 

2 - A linguagem como diferenciação

Utilizando uma linguagem acessível e descontraída, o the news explica até as notícias mais complexas de um jeito simples. Além disso, busca sempre trazer, de forma sucinta, um contexto para cada notícia, a fim de que, mesmo sem nenhum background sobre o assunto, o leitor consiga entender o porquê ela é relevante naquele momento.

Tudo isso, apresentado em um layout simples, diariamente repetido, e diagramado entre memes e ironias — o que de certa forma traz, ainda que de maneira cautelosa, a personalidade e opinião de quem escreve, algo proibido no jornalismo tradicional.

 

3 - Curadoria é a resposta

Em tempos de fakes news e politização dos grandes veículos de imprensa, o the news veio suprir uma necessidade de pessoas que gostam de estar atualizadas sobre o que acontece no mundo, mas não querem ter o trabalho de buscar diferentes fontes.

Por isso, a newsletter do the news é construída em cima de uma curadoria 'direta ao ponto': apenas uma notícia é detalhada e as demais são listadas em tópicos, sendo grande parte dos textos baseadas em referências externas. Ou seja, a redação do jornal se concentra em selecionar, resumir e contextualizar as notícias, e não em construí-las do zero, provando que a curadoria tem seu valor, especialmente nas rotinas mais frenéticas.

 

4 - Gamificação como alavanca de crescimento

Se tem um motivo pelo qual o the news cresceu exponencialmente é esse: indicação e boca a boca. Ao final de todas as comunicações, o jornal incentiva o compartilhamento da newsletter com outras pessoas através de seu programa de indicação. Cada pessoa que se cadastra utilizando um link personalizado, gera pontos para quem indica que podem ser trocados por brindes (resumo do mês, edição especial de sábado, pack de adesivos, caneca, newsletter personalizada com o nome e até um café com a equipe do jornal).

Isso fez com que, ao invés de gerar aquela sensação de querer guardar algo interessante para si, o the news tenha criado pautas nas rodas de conversas e se tornado popular até mesmo em redes sociais como o Instagram, onde conta com um perfil de quase 100 mil seguidores.

 

Se você gostou do meu texto e a curiosidade bateu por aí, se inscreva para receber a newsletter que te deixa "mais inteligente em 5 minutos" utilizando o meu link de indicação — é de graça e pode me ajudar a descobrir quem é o criador desse fenômeno do e-mail marketing (risos).

 

 

 


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