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As emoções dos porcos e a IA

As emoções dos porcos e a IA
Jackeline Menezzes
set. 17 - 4 min de leitura
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O uso da tecnologia de reconhecimento facial é polêmico e desde o seu surgimento, tem gerado muitos debates. Disponível em smartphones, câmeras de vigilância, aeroportos e muitas coisas. A novidade dentro desse tema é que uma ferramenta contendo algoritmos está sendo testada não só com humanos, mas sim com porcos.

Uma universidade escocesa com tradição em pesquisa de inteligência artificial percebeu que esses animais têm mudanças de humor que são perceptíveis por expressões faciais. A intenção é que o algoritmo consiga ser aprimorado até que seja ágil em detectar as emoções dos porcos, sabendo se estão alegres, com dor ou com medo.

Os porcos se comunicam através de expressões faciais. Apontando uma câmera por trás dos bebedores, a universidade escocesa responsável pela pesquisa, tira fotos para entender o estado de humor de cada animal, milhares de selfies todos os dias, fazendo assim um reconhecimento facial, que identifica e rastreia cada animal.

No capítulo 6 do livro 2ª Ed. Marketing na Era Digital – da Martha Gabriel e Rafael Kiso, pudemos entender que IA não se resume ao exterminador do futuro, mas a IA tem muitos pontos e caminhos para serem trilhados. Os questionamentos relacionados aos riscos na evolução da IA, sempre serão pauta de longos debates.

Segundo Martha: “acredito que o primeiro passo para se poder lidar de forma lúcida, estratégica e inteligente com qualquer coisa — situação, ideias, problemas, oportunidades...inteligência artificial etc. — é definir e compreender essa coisa, para depois, em função disso, formar opinião e traçar cursos de ação! (citação em Você, eu e os robôs, 2017)

Algumas tecnologias foram desenvolvidas para outras áreas (humana ou outras espécies) procuram o seu caminho para ser aplicadas na produção suína.  Exemplificando na Smart farming

De acordo com um relatório do New York Times, grandes empresas chinesas de tecnologia, como Alibaba e JD.com, estão desenvolvendo ferramentas de inteligência artificial para detectar doenças e rastrear porcos individuais usando o reconhecimento facial. A China espera que a tecnologia torne as grandes fazendas mais administráveis, permitindo a consolidação e o fechamento de instalações menores.

Emma Baxter da Scotland’s Rural College (SRUC), disse: “Com a identificação precoce de problemas nos suínos, os produtores podem resolver rapidamente quaisquer problemas e implementar tratamento sob medida para os indivíduos. Isso também reduzirá os custos de produção”.

O reconhecimento facial de suínos seria inestimável para a criação de gado de precisão, uma prática de criação de animais mais comum em países europeus e na China que usa tecnologias de rastreamento para maximizar a eficiência. A agricultura de precisão normalmente envolve repartir quantidades específicas de alimento para cada animal, dependendo de sua idade e peso, a fim de conservar recursos. Os agricultores podem aplicar essas técnicas a praticamente qualquer animal que estejam criando, incluindo porcos, galinhas, vacas e ovelhas.

A tecnologia de reconhecimento facial, tradicionalmente comercializada e temida como forma de aumentar exponencialmente as capacidades de vigilância, pode um dia se tornar parte integrante da produção de carne, além do que as nossas emoções faciais podem dar "gratuitamente" a esse grande pai algoritmo.

Acompanhamos de perto ou de longe esse processo inevitável evolutivo.

Referências:

https://slate.com/technology
Documentário: A Era dos Dados do jornalista científico Latif Nasser
https://www.3tres3.com.pt/
Livro: Você, eu e os Robôs – Martha Gabriel
Livro: Marketing na Era Digital - Cap.6
Centro de Pesquisa de Suínos do Rural College (SRUC) da Escócia em Penicuik, Midlothian - Dra. Emma Baxter (SRUC)


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