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Clubhouse e Neuromarketing: o que uma coisa tem a ver com a outra?

Clubhouse e Neuromarketing: o que uma coisa tem a ver com a outra?
Micheli Beal Ribeiro
abr. 20 - 3 min de leitura
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Um dos assuntos mais comentados nas redes no último trimestre foi, sem dúvidas, o Clubhouse. A nova rede social baseada em conversas de áudios foi criada em abril de 2020, nos EUA, mas foi só no começo deste ano que ela ganhou o mundo e atingiu o marco de 10 milhões de downloads (1) na App Store em apenas um mês.

Mas o que será que está por trás de tanto sucesso? A neurociência explica. Ou melhor, o neuromarketing.

Até o momento em que esse post foi escrito, para entrar no Clubhouse você precisa pertencer a um grupo (usuários de iPhone) e ser escolhido por alguém para receber um de seus dois convites. Essa exclusividade desperta, na maioria das pessoas, o gatilho da escassez e o medo de ficar de fora de algo que todos estão falando — um exemplo perfeito do conceito de FOMO (Fear of Missing Out, em português, Medo de Ficar de Fora).

A estratégia de lançamento do Clubhouse, no entanto, não é novidade no mundo dos produtos digitais. Muitas outras plataformas de redes sociais trouxeram novos usuários por meio de convites - o Facebook é uma delas. No entanto, alguns fatores explicam a diferença no impacto que o Clubhouse causou na internet.

O primeiro deles é o timing. Os aplicativos de áudio vinham em uma crescente nos últimos anos — vide o sucesso dos podcasts e a inclusão de recursos como a troca de mensagem por áudios em praticamente todos os aplicativos populares — e o cenário pandêmico, no qual temos muito mais pessoas online usando ativamente as redes sociais, se tornou para o Clubhouse um prato cheio para despertar a curiosidade e potencializar o desejo de fazer parte desta novidade.

Soma-se a isso o fato do Clubhouse ter sido "validado" publicamente por grandes nomes do mercado, que não só estavam usando o aplicativo, como divulgaram-no em suas redes, tornando-o objeto de desejo de milhares, especialmente quando podemos nos imaginar em uma sala ouvindo (e até mesmo conversando!) com alguém como Elon Musk, por exemplo. Isso está relacionado a outro gatilho, muito conhecido no marketing, que é a prova social e seu poder de influência.

Por fim, uma vez dentro do aplicativo, os gatilhos continuam. Como as conversas não ficam gravadas e não permitem replay, trazem a tona a aversão a perda, fazendo com que o usuário, com medo de perder grandes oportunidades, passe ainda mais tempo dentro da plataforma.

Que o Clubhouse tem feito barulho e incomodado os gigantes, ninguém duvida. Agora resta saber se tudo isso é febre do momento ou se o Clubhouse vai durar. Vamos aguardar os próximos capítulos.

 

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Referências: 

(1) Clubhouse Revenue and Usage Statistics (2021) via Business of Apps

Foto de capa de William Krause via Unsplash


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