Quando pensamos nas alternativas que o homem dispõe para satisfazer uma necessidade, conseguimos destacar pelo menos quatro:
- Autoprodução
- Coerção
- Súplica
- Troca
E MARKETING nada mais é do que esta quarta alternativa. É a atividade humana dirigida para satisfação das necessidades e desejos através de processos de troca — já diria Philip Kotler.
Em outras palavras, é um conjunto de ferramentas adotadas para perseguir objetivos e funciona muito melhor quando utiliza bem os famosos “4 P´s”.
Cada “P” tem uma estratégia específica: PRODUTO é aquilo que se troca, PREÇO é o que o outro dá em troca da oferta, PRAÇA é onde se faz a troca e PROMOÇÃO é como se faz a comunicação para realizar a troca.
O primeiro “P”, produto, contempla o produto propriamente dito (sendo ele durável, não durável ou serviço), marca (nome, sinal ou símbolo usado para identificação do produto, para diferenciar de seus concorrentes e gerar recall dos consumidores) e embalagem (ideia de conter).
O segundo “P”, preço, é o valor justo atribuído à posse de um bem ou serviço. É o item mais flexível, é a receita, a troca feita entre comprador e vendedor.
O terceiro “P”, praça, é a colocação do produto no mercado, a forma que ele chegará no ponto de venda e a maneira que ele será exposto/disponibilizado. Nele devemos considerar o mercado-alvo, perecibilidade, frequência de compra, preço, capacidade de atribuição/estocagem e a estratégia de comercialização.
Já o quarto “P”, promoção, tem relação com as ferramentas adotadas para levar o conhecimento do produto aos consumidores (aqui se apresenta a existência do produto e o posicionamento da empresa). Visa atingir a mente do consumidor e pode estar orientada para identificação da marca, identificação com o consumidor, além de apresentar o benefício e posicionamento do produto.
Neste artigo o objetivo é falar um pouco mais do segundo “P” e citar o alinhamento dele com qualidade.
Se preço é aplicabilidade/necessidade (preciso?!?), tem relação com custo-benefício (vale a pena pagar?!?), está associado à capacidade de compra, gera status pelo uso do produto adquirido e tem alta relação com percepção de qualidade, quando alinhamos os 2 (preço e qualidade) temos:
- Estratégia de Preço Premium = QUALIDADE ALTA <-> PREÇO ALTO
- Estratégia de Qualidade Média = QUALIDADE MÉDIA <-> PREÇO MÉDIO
- Estratégia de Economia = QUALIDADE BAIXA <-> PREÇO BAIXO
Porém existem outras estratégias que devem ser citadas devido à importância e aplicabilidade que têm:
- Estratégia para ganhar mercado = QUALIDADE ALTA <-> PREÇO BAIXO
- Estratégia de Penetração = QUALIDADE ALTA <-> PREÇO MÉDIO
- Estratégia de Barganha = QUALIDADE ALTA/MÉDIA <-> PREÇO BAIXO
- Estratégia Hit and Run = QUALIDADE BAIXA <-> PREÇO ALTO
- Estratégia de preço alto = QUALIDADE BAIXA <-> PREÇO ALTO
Empresas utilizam estas estratégias para mudar a identidade do produto e transformar suas marcas (aumentando preço para parecer de luxo ou reduzindo-o para torná-lo mais popular).
Já os consumidores “simplesmente” associam preço a quanto o produto realmente custa para eles (considerando valores, necessidades, desejos...). Por isso, é de suma importância entender o quanto seu preço é sensível no mercado, como é a prática de desconto oferecida pelos seus concorrentes e como sua marca se posiciona em comparação a eles para não desvalorizá-lo ou superestimá-lo.
Tenha claro seus objetivos para conseguir transitar por estas estratégias citadas acima e posicionar sua marca de forma ascendente e surpreendente, assim como fez a Havaianas e a Hyundai, por exemplo.
Seja criativo, seja acessível, tenham em mente sempre atrair novos clientes, mas nunca deixe de conquistar seus fãs.