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COMO CRIAR VERDADEIRAS CONEXÕES

COMO CRIAR VERDADEIRAS CONEXÕES
Vivian Kadowaki
fev. 10 - 4 min de leitura
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Você já contabilizou quanto tempo do seu dia está investido no ambiente digital?  

Redes sociais, ensino EAD, vídeos em plataformas de ‘streaming’, sites de jornais, blogs, etc. E com o recente distanciamento social, intensificamos ainda mais nossa presença nesse ambiente como forma de adaptação ao novo normal.

A propósito, há uma diferença entre estar presente em ambientes digitais e ser presente digitalmente. A primeira é uma forma de interação passiva, na qual estamos apenas recebendo o conteúdo. Já na segunda forma, somos os protagonistas e interagimos através da nossa emissão de valores. Apesar das diferenças, atuamos nas duas formas o tempo todo. Ainda mais com a imensidão de conteúdo nos mais diferentes canais e com a diversidade de conexões que temos disponíveis.

Presença digital

Entretanto, saber identificar esses momentos é fundamental para quem trabalha com comunicação. Diferente de um tempo atrás, na qual o canal de comunicação era unilateral, hoje é preciso estar atendo a estas duas formas de presença, pois o ambiente digital tornou a comunicação bilateral.

Um exemplo bem claro e recente disto é o aplicativo WhatsApp com a atualização de seus termos de uso. Muitos usuários não concordaram com a atualização e, imediatamente, procuraram outra alternativa – um dos motivos que fez aumentar o número de usuários no aplicativo concorrente, Telegram. Diante a esta reação inesperada, a marca resolveu suspender temporariamente a atualização do termo de uso.

Netflix como bom exemplo

Outro exemplo é a Netflix. Se analisarmos a divulgação do seriado Gambito da Rainha, observaremos a produção foi além de simplesmente disponibilizar o seriado em sua plataforma. A comunicação da marca conseguiu criar um frenesi através post em suas redes sociais com curiosidades sobre o universo do xadrez. O tema foi tão certeiro que a procura por tabuleiros de xadrez aumentou consideravelmente no Ebay. Isto sem contar com inúmeros conteúdos sobre o tema que foram produzidos por terceiros.

E por curiosidade, o sucesso do seriado foi tanto, que a rede Accor inaugurou o Harmon Room no Hotel Museu 21c, em Lexington, Kentucky. Mais do que um simples quarto com referências da série, é uma experiência nova e exclusiva para quem se hospeda nele. Uau! Quanta entrega de valor a partir de um único seriado. Podemos conferir abaixo as fotos do Harmon Room.

Fonte: https://exame.com/casual/hospede-se-em-quarto-de-hotel-inspirado-em-o-gambito-da-rainha/

Este sucesso da Netflix foi estrondoso, pois há muito tempo a marca entendeu a importância de conhecer seu usuário para então criar o conteúdo. Ou seja, para se fazer marketing de conteúdo, em vez de sair compartilhando por compartilhar, é preciso:

  • Identificar quem é o seu usuário e como é sua jornada;
  • Alinhar a jornada do usuário ao funil de vendas;
  • Pesquisar quais os canais os usuários estão presentes;
  • Identificar o tom de voz certo para cada momento da jornada;
  • Divulgar o conteúdo no formato que melhor convém em cada momento da jornada;
  • Publicar os conteúdos numa frequência agradável.

E além de identificar e mapear seu usuário, também é necessário um planejamento de comunicação, a criação de um calendário editorial, a produção otimizada de conteúdo e a definição de métricas para balizar a evolução da campanha.

Como podemos ver, marketing de conteúdo é a alma da comunicação, o elo sólido que conecta pessoas. Exige estudo, analise, métrica. Requer tempo, dedicação e o controle de nossa ansiedade, o que considero a parte mais desafiadora, não é mesmo?


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