Há algum tempo o termo comunidade tomou conta das discussões no ambiente digital. É comum ouvirmos creators, influenciadores e marcas utilizando este termo para falar daqueles que os seguem. Mas afinal de contas, o que, verdadeiramente, é uma comunidade?
Se pararmos para pensar, a internet sempre foi sobre comunidades. Mas nós costumamos focar muito mais nas plataformas e esquecemos que é menos sobre ferramentas e mais sobre pessoas. Afinal de contas o que une as pessoas não são, necessariamente, as ferramentas, mas seus interesses em comum e as suas experiências.
Não é segredo para ninguém que as mudanças que aconteceram em todo o mundo nos últimos anos interferiram diretamente nos hábitos de consumo e de relacionamento entre marcas e consumidores, que hoje não querem apenas comprar um produto ou serviço, querem ter um canal direto de relacionamento e um local onde possam fazer perguntas e ter respostas reais.
Quanto mais as empresas investem em ações para ficarem mais próximas dos clientes, mais é possível ter a certeza de que a proximidade não se constrói com propaganda, e sim com conteúdo e relevância. E foi assim que elas descobriram que criar uma comunidade significa oferecer um espaço criativo de interação, troca, consumo e colaboração.
Sem cocriação não há comunidade. Por isso as marcas precisam ser vistas cada vez mais como curadoras de conteúdo do que como criadoras. As pessoas precisam ter o sentimento de que estão construindo algo em conjunto e também precisam de uma motivação para interagir naquele ambiente. Por isso as marcas precisam fomentar a construção de sua comunidade dando autoridade e visibilidade para cada um dos participantes. Assim, uma comunidade pode ser vista como um organismo vivo que, a partir do momento que é ativada, se desenvolve sozinha.
Além de aumentar a proximidade entre consumidores e marcas, colocando-os lado a lado e firmando parcerias reais e com autenticidade, as comunidades também são o caminho para a inovação, mudança cultural e retenção de clientes. Afinal de contas, escutar o que os clientes têm a falar é compreender suas preocupações, suas necessidades e seus desejos, para então oferecer produtos e serviços aderentes a eles.