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Devaneios de um Neuromarketeiro…

Devaneios de um Neuromarketeiro…
ANDRÉ LUIZ DIAS SOUZA
ago. 30 - 5 min de leitura
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Prontos para a viagem? Então apertem os cintos que o piloto sumiu entre neurônios, sinapses e muita eletricidade.

Considero a individualidade como uma das grandes possibilidades dos seres humanos. Talvez algo tão complexo que beire a adesão ou repulsa de crenças básicas como a necessidade de pertencer a um objetivo maior que o de existir. Ou simplesmente saber que nada sabemos. E ficarmos bem assim.

Este ponto simples, considerado um paradoxo socrático, revela algo muito maior que a nossa sede por racionalizar praticamente tudo. Quando não… Encontrar racionalizações prontas e usá-las pra preencher esse buraco negro que muitos temos dentro de nós. 

Afinal… 

O Neocórtex é responsável por essa relativização até que ponto?

Tudo é a Biologia seguindo seu fluxo?

Sou dos que entende a necessidade da ciência, e dos cientistas, de provas para atestar algo. Ao mesmo tempo creio que nesse conjunto bioquímico maravilhoso que somos temos algo maior que nós . Nem que isso seja só a Fé que tenho. ok?

Ao me aproximar do Neuromarketing como um meio para entendermos como nossa biologia colabora com nosso comportamento enquanto demandantes e/ou ofertantes, tenho um encontro com Platão e Sócrates e sentados embaixo da mesma árvore milenar concordamos que quanto mais sabemos, menos sabemos.

O Marketing precisa considerar seus agentes como essencialmente pessoas, que por trás de seus CPF's criam forças e movimentos em torno do consumo. Seja para alimentar o corpo, ou para alimentar a alma.

Esses agentes têm sua individualidade. E essa individualidade inclui uma alma, para os crêem… Na realidade o corpo, tudo isso que olhamos no espelho, seria um repositório desta parte da energia maior que somos.

Em contrapartida temos o time que acredita na ciência e no que podemos ver, experimentar e provar hoje. Terreno onde a Biologia traz para a Neurociência fatos e dados já atestados, tendo muitos outros se encontrado no caminho da prova, mesmo já se tendo uma explicação provável.

Ouço com atenção estas duas vertentes, até pela razão de que como profissional de Marketing e Vendas, não posso me dar ao luxo de não estar em constante processo de melhora como pessoa e como observador de gente.

Fico encantado ao perceber o tamanho que o interesse pelas pessoas faz cada vez mais profissionais trazerem a Neurociência para a sala de estar. Nutricionistas, Psicólogos, Professores, Médicos e profissionais do mundo dos Negócios entendem que entender de gente faz com que tenhamos conhecimento de mais problemas, criemos soluções executáveis e financeiramente viáveis.

O Neuromarketing aproveita esse movimento e se estabelece não só como mais uma oportunidade de venda de cursos, livros e documentários.

Afinal está tudo aí, as máquinas já estão realizando tarefas na busca de mapear, estruturar e gerar oportunidades de interferir cada vez mais na equação de oferta e demanda. IOT e Big Data são realidade. 

Desde 2016 tenho como hábito fazer cursos relacionados à Neurociência, principalmente o Neuromarketing. E vejo a quantidade de conteúdo crescer exponencialmente. Mais livros, autoridades e por fim conteúdo com curadoria de fácil acesso no Youtube ou no Spotify, por exemplo.

A consciência de que o cérebro está no centro do jogo, jogo esse que pode-se aprender à medida que evoluímos como espécie. Nos faz pensar não só em hacks que resolvem, ou fingem resolver, problemas de hoje. Trazemos a visão de longo prazo para nosso plano de marketing e usamos as armas que temos, sem dourar a pílula.

No Neuromarketing o jogo não é de tabuleiro. É um jogo em que os competidores colocam a "pele em jogo" e estão vivos batalhando pelo resultado. Social e com direito a tudo que vem no pacote da raça humana. Quando entendemos isso, abre-se uma porta para o infinito.

Não sei ao certo se já tivemos um  momento histórico em que fosse tão crucial a necessidade de entender oferta e demanda por meio das pessoas, com a tecnologia entregando de sobra. Isso nos trouxe o foco no olhar para si e para os outros.

Nos mostrou a necessidade de atrair, se relacionar e vender como algo natural, pois o foco vai deixar de ser a busca de criar demanda para o conhecimento tão aprofundado dos demandantes que a oferta já nasce com encaixe perfeito.

Saber que nem tudo pode ser emulado, que o Marketing tem limite. E esse limite pode não estar relacionado a negócio, mas sim a biologia. Faz sentido pra você?

Isso nos traz pro chão e nele estamos mais perto de nosso público alvo. Sendo mais efetivos, capturando informações por meio de nossos sentidos. Sendo bichos, mas adaptados e em busca de sobrevivência. 

Ligados à nossa razão de ser. Somos seres "cerebralmente sociais", conectados não só pelo DNA.

Esse texto não te faz mergulhar, mas te molha. Faz você caminhar pela margem… Na areia ainda molhada. Para então receber a benção de ondas que acabam de morrer. Mas sei que esse friozinho faz renascer, em vida , cada poro de seu corpo.

Penso no Neuromarketing como penso nas pessoas. Evoluindo no hoje, ganhando exponencialidade com a tecnologia. Mas dependendo da biologia para que isso se torne um hábito para nossos genes.

@souandredias | contato@souandredias.com.br | (71) 98171-0005


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