Durante boa parte de minha formação ouvi muitos mentores orientando para colecionarmos títulos, pois, à época, era um diferencial e ponto decisivo para conquistarmos a vaga pretendida. Hoje nos deparamos com mentes brilhantes como Elon Musk dizendo que a faculdade serve basicamente para “se divertir e fazer tarefas, e não para o aprendizado”. E então pergunto: E agora, José?
José, viu o curso online que indiquei? Já viu as notícias do dia? Não? Está corrido e não teve tempo? Por que não tenta ouvi-las pelo podcast? Você pode acessar pela plataforma mobile enquanto se desloca entre suas atividades. E quanto ao plano de negócios, te encaminhei por e-mail. Recebeu? Se sim, já fez o planejamento estratégico? E o planejamento comunicacional? Precisamos disparar as pesquisas para mensurar as necessidades do nosso público. Aliás, quem é o nosso público? Onde está o nosso público? Enquanto desvendamos essas questões, precisamos manter nossa presença digital em alta. Temos que ser vistos, digitalmente!
É, José! Parece que estamos cada vez mais perdidos em meio a tantas informações e possibilidades que a tecnologia nos disponibiliza. Mas calma, vamos respirar. Pode até parecer por alguns instantes que estamos perdidos devido ao grande volume de informação que cai sobre nós todos os dias. Não nos “infoxicaremos”. A verdade é que estamos ultra conectados.
É como se tivéssemos duas vidas, uma em um mundo real, como bem conhecemos, e outra no mundo digital, onde tudo poderia acontecer. Mas não é bem assim. Nem tudo acontece exatamente como imaginamos, seja por questões técnicas – IoT e a rede 5G, por exemplo - ou simplesmente por questões de nossas interações sociais no meio digital. E tem horas que o real e digital se fundem de tal forma que um complementa o outro. Neste momento a magia acontece e conseguimos entender melhor a frase de Elon Musk.
A tecnologia possibilitou conexões que antes não eram vislumbradas. Com ela o ensino também ganhou força e, por conta da tecnologia, tornou se mais integrado. Vivemos no mundo VUCA: volátil, incerto, complexo e ambíguo. Por um momento nos assusta. Eis então a necessidade de estarmos sempre antenados e em constante atualização. Ou seja, em vez de colecionarmos títulos, precisamos colecionar aprendizados. E colecionando aprendizados, geramos conteúdos, elaboramos projetos e unimos ideias até então sem nenhuma conexão prévia. Elon Musk que nos prova.
Com um mundo mais integrado e mais versátil, precisamos cada vez mais confiar uns nos outros e também nas máquinas. Ter um mindset de crescimento, ou melhor, ter “uma paixão pela busca de seu próprio desenvolvimento e prosseguir caminhando, mesmo (e especialmente) quando as coisas não vão bem”, como diria Carol S. Dweck, é o que faz a diferença para se chegar ao sucesso. E isto se aplica a tudo, mas em especial à economia colaborativa.
Hoje não consigo mais ver o mundo sem um Uber, iFood, Netflix, Spotify, Google Alerts, dentre tantas outras plataformas e serviços que além de curarem uma dor, nos trouxeram tanta conveniência.