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Experiência cíbrida

Experiência cíbrida
CRISTINA MARIA SCHMITT MIRANDA
set. 23 - 3 min de leitura
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Volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Se há pouco tempo os profissionais de marketing já consideravam o cenário de atuação complexo, a pandemia mostrou que é possível exponenciar essa complexidade. Também ficou evidenciada a urgência no exercício da flexibilidade, sem perder o foco na direção do resultado desejado, ou seja: muita observação, métricas, testes. Mesmo para as empresas com clareza de objetivos e estratégias, o cenário se mostrou uma verdadeira turbulência, exigindo um olhar ainda mais atento a qualquer movimento do consumidor. É possível que nunca na história os institutos de pesquisa tenham sido tão demandados. Da noite para o dia pessoas e organizações foram abduzidas ao ambiente digital. Sim, nem todos, mas uma parcela significativa, de alguma forma, teve que se aventurar a uma primeira experiência digital.

Um dos setores que mais foi impactado neste cenário de pandemia é o de eventos. Até então entendia-se evento como um acontecimento que reúne pessoas em torno de um objetivo comum.

Aí vem a pandemia, e coloca até mesmo o conceito em xeque - um acontecimento que distanciou as pessoas em torno de um objetivo comum: a sobrevivência. Trocadilhos à parte, somos seres sociais por natureza, queremos nos relacionar, evoluímos nas interações e temos a necessidade de estar junto.

Nessa dinâmica do distanciamento, a tecnologia se apresentou como recurso que permite a aproximação e, por consequência, acalentou muitos corações. Já era assim antes. A pandemia somente intensificou. No princípio a esperança de que tudo passaria rapidamente e que quarentena corresponderia a um ciclo de quarenta dias fez com que diversos eventos fossem apenas adiados para “logo aí”.

Com o passar do tempo, no entanto, novas possibilidades tiveram que ser testadas. Será que até a convenção de vendas os eventos já estarão liberados? Não. Na prática, descobriu-se que quarentena pode ser um período muito mais extenso do que o inicialmente imaginado. Algumas empresas de eventos resistiram.

Depois de meses de penúria e de iniciativas que não vingaram, estruturaram possibilidades de integração em torno de um objetivo comum para o digital. De forma relativamente tímida ainda uma vez que o mercado e as pessoas ainda não estavam preparados.

Em alguns segmentos, como o corporativo, por exemplo, essa migração foi mais viável para algumas ações específicas: Reuniões corporativas, convenções de vendas, lançamentos de produtos. Vimos vários destes ocorrendo por meio de lives e propostas interativas por meio de plataformas online. Vários aspectos tiveram que ser repensados: a atração, a duração, a permanência, a interação, a emoção.

Muitas iniciativas foram super positivas. Porém, a experiência não está completa por uma série de fatores, mas pode-se mencionar que o acesso à tecnologia e a produção de atrativos a partir de recursos tecnológicos ainda é um limitador.

O cibridismo está aí mais do que nunca, conforme foi previsto há mais de uma década. Quando estaremos preparados?


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