Eliane Coutinho foi a convidada técnica especial, que abordou o assunto durante o Curso de Marketing na Era Digital, junto aos INSIDERS. Eliane é graduada e pós graduada pela Faculdade de Medicina USP (FMUSP), possui MBA em Neurociência Aplicada ao Consumo pela ESPM, é Membro da NMSBA (Neuromarketing Science and Business Association) e participa ativamente de congressos nacionais e internacionais sobre Neurociência.
Resumidamente, Neuromarketing prevê o comportamento do consumidor, tendo como base, o processamento de informação pelo cérebro e pode identificar o impacto emocional do produto.
Conseguimos medir no cérebro, o “QUE” está acontecendo, mas nunca o “PORQUÊ” e a NETNOGRAFIA auxilia muito bem aqui, pois só é possível identificar o porquê, com uma análise mais profunda de mercado, pesquisa de campo, análises quantitativas e qualitativas pautadas na antropologia digital em relação ao consumidor.
Na prática, nós temos um cérebro antigo e primitivo, resolvendo novos problemas. A Biologia evolui muito mais lentamente do que a tecnologia, cultura e sociedade em geral. Já o ser humano, SEMPRE foca na sobrevivência e na reprodução. Evitando a dor e focando no prazer. Não no sentido sexual da palavra, mas sim no empoderamento/poder e na sobrevivência da sua espécie.
Se o seu produto/serviço foca em sobrevivência ou reprodução, você tem que explorar isso, pois certamente irá atingir os interesses e necessidades dos seres humanos.
No dia a dia temos que, praticamente, solicitar mais atenção do nosso cliente. Ao realizar uma reunião com sua equipe de trabalho, colaboradores, publicar um artigo no blog, fazer uma postagem no Instagram, a mensagem tem que ser assertiva. Do contrário, será mais uma informação descartada e perdida.
Toda informação que não é percebida, ela se dissipa em pouco tempo. Sem engajamento, leads e ações práticas para a sua marca/serviço/produto.
A função de utilizar o Neuro no Marketing é justamente para que possamos ter assertividade nas estratégias, como: divulgação de produto/serviço, branding, divulgação da marca, marketing digital, eventos ou blog, por exemplo.
O cérebro também possui uma demanda cronológica de raciocínio. O que faz ele prestar atenção no começo e no fim, deixando de lado o meio.
Se você tem um vendedor no departamento comercial, ele pode ser o início de um contato importante para o seu negócio. A voz é sensorial, seu tom é importante. A impressão causada já refletirá na sua marca. Começo e fim, devem ser arrebatadores. Existem outros aspectos de neuromarketing que auxiliam nesta assertividade, como: contraste, incentivar interações mentais com o produto/serviço, considerando tecnologias de captação, como: imagens, fotos, vídeos, zoom, panorâmica, efeitos especiais, negrito, call to action, cores, contraste, design, etc.
São diversas dicas e gatilhos a serem analisados e utilizados como estratégias. Precificação, do maior para o menor, storytelling, numerosidade, quantidade, variedade, escassez, melhor hora para contato e por aí vai.
O processo de decisão de compra ocorre, em grande parte, no subconsciente do indivíduo. Neste sentido, o neuromarketing pode beneficiar negócios e ser bastante eficiente na melhora da tomada de decisões, narrativas, permitindo o desenvolvimento de produtos/serviços customizados direcionados ao público-alvo.