Na década de 1930, o célebre arquiteto alemão (naturalizado norte-americano) Mies van der Rohe pronunciou, pela primeira vez, a icônica frase “Menos é mais” (ou “Less is more”, em inglês), enquanto defendia o movimento modernista e sua arquitetura livre de ornamentos. De lá pra cá, a frase se tornou tão popular que é utilizada nos mais diferentes contextos, sempre buscando o mesmo significado: somente o que é essencial importa.
Assim também é no campo do data-driven marketing.
A facilidade em mensurar, simultaneamente, diversas métricas no ambiente digital fez com que se criasse uma ideia de que tudo deve ser quantificado. No entanto, ao mesmo tempo em que facilita o rastreamento de métricas importantes, o digital também pode gerar dados errados, incompletos ou que não têm valor para o negócio, se tornando, então, um problema para o foco.
E é por isso que, até nos dados, menos é mais.
Ao invés de tentar mensurar tudo o tempo todo, é importante definir quais métricas fazem sentido acompanhar e o porquê. Esta definição está intimamente ligada a maturidade do negócio no modelo de gestão data-driven, que pode ser medida pelos pilares: pessoas, processos e tecnologias. Isso porque, seria incoerente esperar dados estruturados e análises complexas de empresas que possuem processos desalinhados, ferramentas limitadas e pessoas incapacitadas para lidar com ambos.
Dessa forma, podemos entender que, muito mais do que lidar com vários dados ao mesmo tempo, ser data-driven é uma cultura e um mindset, em que todos estão planejando e executando suas ações pensando nos dados e em como transformá-los no principal insumo para a avaliação de resultados e tomada de decisões.
_______________________
Capa: Foto por Franki Chamaki via Unsplash