Nós seres humanos somos bichinhos complicados. Existem muitas formas para tentar entender como funcionamos e uma delas é a neurociência. A tecnologia se desenvolve mais rápido do que nosso cérebro, talvez por isso a gente precise de tanto estudo, buscar formas de se compreender.
Lançado em 2015, o filme Divertidamente (Inside Out) é elogiado entre neurocientistas por exemplificar de forma lúdica como funciona o nosso cérebro. A história mostra as emoções da menina Rilley aos 11 anos, na pré-adolescência, bem naquela fase na qual passamos por um turbilhão de sensações.
Dentro do cérebro de Rilley convivem a Alegria, o Medo, a Raiva, o Nojinho e a Tristeza. A líder Alegria tem a missão de manter a menina sempre feliz. Mas acontece uma confusão, passando por fases onde os outros sentimentos acabam assumindo o controle, mostrando assim que todas as emoções são importantes para formar o que somos.
É um filme com ensinamentos. Aprendemos a entender nossos sentimentos, nominar qual emoção está nos dominando e que não precisamos ser alegres o tempo inteiro.
A Alegria querer estar sempre no controle é uma forma de mostrar a nossa busca pelo prazer e fuga da dor. E essa busca pela alegria é bastante usada em estratégias promoção de marketing. Quando falamos em buscar as dores do cliente é justamente para encontrar onde é possível fazer o contraponto e deixá-lo feliz.
A busca pelo prazer aparece nesse desejo do cliente sempre querer ter alguma vantagem na relação de compra. Para trabalhar essa vontade, pode-se usar estratégias de promoção como um storytelling mostando o antes de dor e depois com prazer, a venda em combo aliviando a sensação de gastar dinheiro (o que também é uma dor), mostrar pessoas felizes em peças publicitárias. São várias abordagens bem conhecidas.
Com certeza a neurociência é vasta e os nossos cérebros são muito mais complexos do que é mostrado em Divertidamente. Porém abordar esse assunto de um jeito leve pode ajudar tanto crianças quanto adultos a se compreender, com a pretensão de descomplicar um pouco a vida dos bichinhos humanos.