O neuromarketing, a união da neurociência e do marketing, tem como principal objetivo tentar entender como o cérebro do consumidor funciona, para então compreender os fatores que o influenciam na decisão de compra, na escolha da marca e do produto.
O processo de decisão de compra, em grande parte, não é racional, ele está no subconsciente do consumidor, são motivações que nem o próprio indivíduo entende.
É que o nosso cérebro tem como objetivo principal a sobrevivência, ele busca prazer, diminuição de dor e economizar energia, pra conseguirmos sobreviver e viver da melhor maneira possível. Essas percepções podem vir da parte biológica, que evolui com o tempo, e da parte cultural, nós não vemos a realidade como ela é, nós vemos a realidade como nós somos.
Diariamente recebemos 11 mil bites de informação/segundo, porém só conseguimos absorver 40 bites e com base nessas informações recebidas precisamos tomar em média 35 mil decisões. Para facilitar nossas vidas, acabamos utilizando vieses cognitivos, atalhos, ações inconsciente, mecanismos que o nosso cérebro cria pra economizar energia, decidir mais rápido e tomar decisões.
O neuromarketing ajuda a criar estratégias mais assertivas, pra que essa informações se conectem com o consumidor, para que essa mensagem não seja perdida, porque se não absorvida, em poucas horas ela se dissipa, deixando de gerar o engajamento desejado. O neuromarketing identifica palavras e ações que podem ser utilizadas e as percepções que estes termos causarão nos consumidores, como:
_Importância do começo e do fim: O começo e o fim são os responsáveis pela nossa percepção da experiência toda. É necessário causar uma boa impressão já de entrada, seja em um texto ou em uma conversa, o meio é facilmente esquecido. Entregue mensagens de efeito, dando maior destaque para o começo e repetindo a ideia no final.
_Contrastes: Sim/não, claro/escuro, antes/depois. Nosso cérebro precisa de contraste pra se organizar e decidir de forma rápida e segura. Estamos sempre querendo comparar, sem esse estímulo entramos em um estado de confusão, o que resulta no adiamento ou cancelamento da decisão. Use parâmetros de antes e depois, como por exemplo: como era a minha dor e como vai ser o meu prazer.
_Tangível: Estamos sempre analisando o que é familiar e amigável, então facilite a decisão do cérebro, fazendo com que ele reconheça rapidamente a proposta. Nas lojas físicas, quando tocamos algo, o cérebro reconhece como se aquilo fosse nosso, algo que podemos ter. No digital, não temos essa mesma percepção, então precisamos criar formas para torná-lo o mais tangível possível, como por exemplo usando fotos que simulam movimento, como o queijo derretido em uma foto.
_Visual: Nosso córtex é 80% visual. Fotos e vídeos funcionam melhor porque as pessoas usam muito mais esse sentido do que os demais. O córtex visual também é muito poderoso para criar memórias.
Storytelling
Não existe jeito melhor de passar informação, entreter e conectar do que através do storytelling, por meio de narrativas a marca consegue ativar o lado emocional do consumidor, que acaba se identificando e criando um laço emocional. Histórias sempre vão provocar um engajamento muito maior possibilitando o entendimento e a criação de campanhas mais efetivas.
Buscar compreender o que influencia o comprador na hora da compra é essencial para o crescimento de uma empresa. Falar de neuromarketing é falar de como a gente usa o cérebro para melhorar a estratégia de marketing, criando campanhas assertivas ou novos produtos/serviços. Através do uso do neuromarketing, é mais fácil criar uma experiência positiva, ações que retém os clientes e gerar novas oportunidades de negócio.