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Se a mudança é inevitável, por que tanta resistência?

Se a mudança é inevitável, por que tanta resistência?
Amanda Pereira
jul. 28 - 3 min de leitura
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A evolução exponencial das tecnologias digitais é um caminho sem volta e que nos acompanha de uns bons anos para cá. O que começou aparentemente distante e exclusivo de grandes empresas, chegou ao ponto em que fechar os olhos para esse cenário não só é remar contra a maré, mas certamente acaba afogando muitos negócios. 

Estruturas excessivamente burocratizadas, papéis sem fim, acúmulo de funções (e poder) em contrapartida à ambientes compartilhados; planejamentos rígidos, modelos engessados e equipe acomodada em uma superficial zona de conforto - bem que poderia ser um cenário antiquado, mas ainda é muito do que se vê mesmo hoje, em 2022. Sim, após um dos anos mais desafiadores da história recente da humanidade, de futuros acelerados e grandes desafios de saúde, gestão e economia, é de se impressionar que para muitas empresas nem o balde de água fria jogado por um vírus que parou o mundo, foi suficiente para promover mudanças inevitáveis. 

E não é porque faltam ferramentas ou informação. É uma postura tal qual: “funcionou até hoje, porque não haveria de funcionar?”

Imagine uma Franquia de marca forte de cosméticos localizada em um conhecido shopping da capital, de alta circulação e com bons resultados. E boom! Lockdown - shoppings fechados para a circulação do público. Algumas lojas se adaptaram de imediato a um serviço de delivery, solicitado através das redes sociais, pelos próprios clientes. A Loja Franquiada em questão, levou duas semanas para organizar seu delivery, mas continuou acumulando solicitações sem respostas em suas redes sociais. Quando os shoppings reabriram, o delivery dessa Franquia parou de funcionar (inclusive a clientes da mesma cidade) e o posicionamento foi: “Na época da pandemia a gente estava com delivery, hoje não mais”. 

- Senhora?

Esse é apenas um dos muitos exemplos de resistência ao invés de resiliência. Excessivamente encontrada em empresas familiares, mas igualmente presente em diferentes formatos e tamanhos de empresas - onde o fator humano dos gestores é determinante para uma mudança de cultura.

Há sempre sim a questão da verba disponível para investimento, mas este, apesar de determinar o nível e velocidade possíveis para mudança, não representam mais um impeditivo por si só. Não em 2021, com tanto conteúdo em “código aberto”, tantos profissionais bacanas compartilhando conteúdo (muitas vezes gratuitamente), e tantas possibilidades de softwares e canais digitais.

Mexer-se a partir da inércia exige muito mais energia, física pura. E é essa inércia e falsa zona de conforto que merecem ser provocadas pelo mercado e pelo consumidor. E no fim é aquilo: só não se move quem não quer. 

Foto: SHVETS production via Pexels

 


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