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Valores humanos

Valores humanos
Hugo Leonardo Peroni
ago. 31 - 3 min de leitura
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Muito se fala sobre e se deseja, sobretudo nas grandes corporações, a substituição das tarefas humanas por robôs, começando pelas braçais e chegando nas mais complexas que exigem tomada de decisão. Pelo caminhar da evolução da inteligência artificial, grande parte do que fazemos será mesmo substituído por decisões mecanizadas. Mas isso não significa que as pessoas serão substituídas por máquinas, como as previsões mais pessimistas insistem em alarmar.

No livro futurista "21 lições para o século 21", o autor Yuval Noah Harari afirma que em 2050 praticamente todas as profissões que desempenhamos hoje serão substituídas por robôs, mas que outras competências serão geradas. Afirma também que os robôs realizarão tarefas mais complexas enquanto os humanos terão mais tempo livre para investir em soft skills e para entretenimento, o que, cá entre nós, parece difícil de acreditar.

Quando se fala nessa eterna dialética entre humanos x robôs, serão os valores humanos, como a necessidade de interpretação das emoções através da empatia e do pensamento crítico, que garantirão que nós sigamos no controle da situação. No momento de desenvolver uma estratégia para entender as necessidades de um grupo de pessoas, ainda que os mecanismos digitais possam reduzir a jornada de compra de um produto, é a empatia humana a chave para a perfeita compreensão.

É possível afirmar que as características humanas, como a ambiguidade, pensamento complexo e crítico, empatia e interpretação de emoções, aliadas às principais competências do artificial, como a velocidade de processamento, de cálculo, de aprendizado, do uso da razão e o volume de informações, estarão em igual equilíbrio nas sociedades do futuro.

É possível afirmar também que, a princípio, a inteligência artificial substituirá os trabalhos robotizados — e não estamos falando aqui apenas de trabalhos braçais. Profissões como advocacia e contabilidade passarão por mudanças bastante significativas em suas estruturas seculares. O banco americano JP Morgan desenvolveu um programa chamado COIN (de Contract Intelligence) que interpreta em segundos contratos e acordos comerciais que advogados demorariam cerca de 360 mil horas para realizar.

Talvez um dia a IA seja capaz de interpretar nossas emoções com precisão com base em dados que tornam sua visão cada vez mais assertiva mas, por enquanto, a empatia é uma das características exclusivas do ser humano. Capaz de assegurar os princípios norteadores da humanização, de promover o entendimento, que agrupa, que serve como base para o desenvolvimento coletivo e para a construção de uma sociedade.

Por enquanto...


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