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VUCA ou BANI para o setor de saúde?

VUCA ou BANI para o setor de saúde?
Rejane Ferreira de Oliveira Dias
fev. 1 - 3 min de leitura
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Quando se fala em VUCA um acrônimo do inglês para Volatile, Uncertain, Complex and Ambiguous, criado pelo Army War College, dos Estados Unidos, no final dos anos 1980 para descrever o cenário do mundo pós-Guerra Fria: volatilidade, incerteza, complexidade, ambiguidade e depois, adotado por diversas empresas, dos setores mais variados, para o estudo sobre a dinâmica dos acontecimentos no mundo, as transformações e desafios do mercado, não tínhamos sequer a noção de que este conceito hoje, para o setor de saúde, já não fazia mais sentido, mas sim, o BANI que significa Brittleness, Anxiety, Nonlinearity and Incomprehensibility. Em português, Fragilidade, Ansiedade, Não linearidade e Incompreensibilidade.

Com o surgimento da COVID-19 a indústria, os hospitais, o sistema e o profissional de saúde, foram impactados pela novidade da doença, as incertezas e a fragilidade em um ambiente que provocou tomada de ações e atitudes estratégias muito rápidas. A falta de equipamentos permitiram a união de diferentes setores e a reengenharia trouxe a criação de dispositivos médicos que atendiam a necessidade dos hospitais e do governo, de modo que de 04 indústrias de ventiladores, em 2019 passamos a 09 indústrias em 2020 em menos de 6 meses*. Alguns modelos foram inovadores, tanto pela sua usabilidade, quanto pelo seu grau de rapidez para serem produzidos e entregues em tempo recorde. E mesmo com a dúvida de que tais produtos pudessem ser absorvidos pelo mercado, foi nítida a união daqueles que se predispuseram a fazer algo para fazer parte deste movimento e ajudar a salvar vidas. 

Já os hospitais privados, na sua grande maioria, deixaram de atender as chamadas cirurgias eletivas, perdendo recursos financeiros importantes, representando uma queda de mais de 10% entre os meses de janeiro a outubro se comparado com 2019. Os atendimentos emergenciais, em 2020,  se comparados de março a junho de 2019 subiram 19,5%**. O SUS (Sistema Único de Saúde), sem capacidade para absorver a demanda, passou a contar com apoio dos  hospitais de campanha. Quanto os profissionais de saúde destes ambientes, sendo contratados pela rede pública ou privada, aclamaram pelo fato de não terem os insumos necessários para a sua própria biossegurança, e todos, se organizaram em um novo processo e metodologias com tomadas de ação para o atendimento emergencial e diário de forma incansável e repletos de incertezas, angústias e muitas dúvidas. 

Uma doença nova, que mostrou que todos nós, mas principalmente, o setor de saúde, deva estar em constante atenção para momentos de adaptação, estudando e avaliando sempre, o seu produto ou serviço prioritariamente no curto e médio prazo. Desta forma, o BANI se consolida dentro do setor de saúde e mostra que nada é certo e nem para sempre, tampouco será do mesmo jeito e da mesma forma.

*Fonte: ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos e Laboratórios).

**Fonte: Anahp ( A Associação Nacional de Hospitais Privados)  - Notícias Anahp


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