A relação ainda cautelosa de parcela dos consumidores com as compras online está diminuindo gradativamente, ano após ano, e em especial pelo fato de famosos varejos físicos adotarem o canal digital para vendas e o físico para entrega dos produtos. Esta realidade passa por 2 pontos fundamentais da evolução das empresas:
A Digitalização;
A percepção de que digital amplia as vendas e não canibaliza a existência das lojas.
É certo que alguns modelos de adoção do digital como canal de vendas acabaram por transformar pra sempre a vida das empresas, em especial depois do crescimento dos gigantes como a Amazon e o Mercado Livre. Porém, por outro lado, é possível ver que o conhecimento e a proximidade de Magazine Luiza, Casas Bahia, Ponto, entre outros, foram o impulso que faltava para que os compradores mais resistentes aderissem à internet para comprar seus produtos.
Este ponto que para as gerações digitais parece um pouco óbvio, é um fator de segurança para as gerações de pessoas mais velhas. E a tradução desta estratégia loja física e loja digital foi possível graças a estratégias muito bem desenhadas de vendas omnichannel, em que sistemas se comunicam em harmonia, permitindo que uma compra online, por exemplo, possa ser retirada na loja mais próxima.
Pesquisa da Nexaas em parceria com o site Ecommerce Brasil, por exemplo, revela que muitos lojistas (45% dos entrevistados) ainda não possuem uma estratégia para atender esta realidade omnichannel que cada vez mais se impõe no consumo. Porém, 36% afirmaram que já usam estratégias em múltiplos canais e pretendem expandi-las.
O estudo também demonstra que, entre as ações que se destacam como uma medida, o simples despacho através da loja, passando pela ação de vender online e retirar na loja física, o que indica um outro fator: 78% de quem adotou estratégias omnichannel percebem claramente que isso proporcionou melhor experiência para seus clientes.
E é exatamente neste ponto que o omnichannel ganhou força no País - a experiência de compra. Somos ainda muito analógicos, apesar de termos a maior base de vendas online de toda a América do Sul. Um estudo da Tiendeo demonstra que ainda “42% dos consumidores brasileiros afirmam que ir direto às lojas físicas é garantia de satisfação, pois sabem melhor do que ninguém como merecer sua fidelidade. Enquanto 25% dos entrevistados consideram que nas lojas online encontram bons motivos para se manterem fiéis e 33% reconhecem o esforço realizado por ambos os canais com ações de fidelização”.
Alguns dados do Omnichannel no Brasil
- No ranking de setembro/2021, segundo levantamento da Conversion, entre os 20 maiores marketplace, 9 podemos classificar como varejo omnichannel: Americanas, Magazine Luiza, Casas Bahia, Extra, Ponto, Carrefour, Havan, Colombo e Casa & Video.
- No setor de moda, a compra ominichannel também se destaca com Lojas Rener, C&A, Riachuelo, Marisa, Hering, Pernambucanas e Chilli Beans, todas ocupando posições entre os 20 maiores varejistas do setor com lojas físicas e forte presença online.
- No setor de beleza, apesar da força das marcas que nasceram com uma base de revendedores diretos, há também o poder do ominichannel dominando em exemplos como O Boticário e Sephora.
- Mas um setor que chamou muito a atenção pelo seu rápido impulso ominichannel em plena pandemia de Covid-19 foi o de Farmácia. Através de aplicativos e sites, no ranking dos maiores vendedores online estão nomes já consagradas pela extensa rede de lojas físicas como Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo, Ultrafarma, Drogarias Pacheco e Drogarias Araújo.