A antropologia do consumo vem se tornando uma disciplina cada vez mais utilizada pelo mercado como método de investigação para entender uma realidade com dados coletados em campo.
O ambiente digital por meio dos devices como computadores, tablets e smartphones, também representa um espaço de socialização, sendo um campo para aplicação de pesquisa etnográfica com capacidade de trazer insights para entender como as pessoas interagem e como a cultura se manifesta.
As redes sociais são formadas em torno de interesses, compartilhamentos de valores, ideias e divergências. Uma troca social valiosa em torno de uma comunidade com padrões que podem ser observados pela etnografia. Nesses grupos por meio da observação e identificação de dados podem surgir tendências de comportamentos, ideias para novos produtos, lançamentos de serviços ou a simples proximidade e compreensão do público-alvo da marca.
Na internet, temos código visual, escrito e sonoro para analisar seus significados repletos de manifestação cultural. Ao investigar uma comunidade de praticante de corrida de rua, por exemplo, observa a troca de informação sobre o assunto. Haverá expressões próprias vivenciadas pelos atletas, padrões, formas de se relacionar, desafios e metas discutidas entre eles e identificadas. Esse tipo de cultura as pessoas trazem para sua vida off-line.
A etnografia busca padrões de cultura por meio da linguagem do comportamento do grupo da sociedade no ambiente digital, investiga os padrões nos comentários, expressões, memes e posts que as pessoas se manifestam pela cultura apreendida.
A internet é um campo de pesquisa rico de interações e manifestações culturais. Assim como uma pesquisa qualitativa, é importante fechar no tema/objeto de estudo, buscar o perfil do público que se deseja aprofundar e a cultura que será investigada.